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Prisão de 'Revólver' deixa vácuo na liderança do tráfico no Caramujo

Situação provoca 'racha' no Comando Vermelho

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de outubro de 2017 - 08:40
Revólver era o substituto de do antigo líder do Caramujo, Tineném
Revólver era o substituto de do antigo líder do Caramujo, Tineném -

Por Thuany Dossares 

O vácuo deixado na liderança do tráfico de drogas do Complexo do Caramujo, na Zona Norte de Niterói, após a prisão de Igor Cristiano dos Santos Freitas, 29, o Revólver, pode ter causado um racha entre criminosos do Comando Vermelho (CV). 

A Polícia investiga se bandidos ligados ao antecessor de Revólver, Rodrigo da Silva Rodrigues, o Tineném, preso em julho do ano passado, teriam executado dois dos homens de confiança dele (Revólver). 

Uma foto que circula nas redes sociais, mostra dois homens mortos no porta-malas de um carro. Segundo um áudio, as vítimas seriam Pocoio e Bolinho. De acordo com agentes da 78ªDP (Fonseca), a dupla também é oriunda do conjunto de favelas carioca e teria vindo para o Caramujo junto com Revólver.

O autor do áudio faz um funk e se identifica como integrante da Tropa do Tinenem, dizendo que os “crias” (bandidos oriundos do Complexo do Caramujo) estariam revoltados. Na rima, o homem ainda fala que Pocoio e Bolinho “viraram chorume”, em referência ao lixão da localidade do Morro do Céu - lugar onde os traficantes costumam jogar cadáveres. 

No entanto, de acordo com o delegado Allan Duarte, da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), até o final da tarde de ontem nenhum corpo foi encontrado. “Recebemos essa informação, mas ainda não registramos nenhum homicídio naquela região. Já entramos em contato com a Subsecretaria de Inteligência e estamos apurando o caso e monitorando a situação”, esclareceu o delegado. 

Policiais acreditam que se a informação a respeito dos assassinatos for verdadeira, o crime ocorreu entre a noite de segunda-feira e a madrugada de ontem. 

Na edição de ontem, o OSG revelou que o Complexo do Caramujo estava sem uma chefia para controlar a venda de drogas após a prisão de Revólver. Segundo a apuração da delegacia do Fonseca, o líder do tráfico do Complexo do Alemão e do conjunto de favelas niteroienses, Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, ainda estaria escolhendo qual de seus ‘soldados’ oriundos das comunidades cariocas iriam gerenciar o crime no Caramujo.

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