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Câmara de Itaboraí vira alvo de investigação do MP

Notícia-crime revela superfaturamentos em contratos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de abril de 2018 - 11:04
 Em 2015, a Casa fez contrato com a empresa investigada para publicação dos Atos Oficiais
Em 2015, a Casa fez contrato com a empresa investigada para publicação dos Atos Oficiais -

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou, ontem, a Operação Gutenberg. A ação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e de técnicos do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e teve como objetivo cumprir nove mandados de busca e apreensão de envolvidos em possíveis crimes de superfaturamento e desvio de dinheiro público na Câmara de Vereadores de Itaboraí.

A operação é decorrente de uma investigação de possível superfaturamento e desvio de dinheiro público nas contratações de uma empresa pela Câmara Municipal de Itaboraí para a publicação de seus atos oficiais. Segundo as investigações, em 2015, havia um contrato firmado com a empresa no valor de R$ 3 milhões. Antes do final da vigência do documento, houve um distrato para ser realizado um novo contrato no dobro do valor do antigo, com término em 2016, com possibilidade de renovação.

De acordo com o MPRJ, mesmo a Câmara Municipal de Itaboraí não fornecendo os documentos necessários para a investigação completa, a estimativa é que o valor das contratações e aditivos contratuais tenham chegado a R$ 15 milhões. Segundo a notícia-crime, nos anos de 2013 e 2014 a Casa Legislativa gastava, em média, R$ 8 mil por mês com as mesmas publicações.

Além disso, no período sob suspeita, segundo o MPRJ, foram realizadas movimentações financeiras atípicas como saques em valores exorbitantes pela empresa. Ainda segundo a investigação, na lista das pessoas que realizaram os saques estão um policial militar lotado no 35°BPM (Itaboraí), dois ex-funcionários da Casa e um administrador de condomínio. Na operação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em suas residências.

As investigações também apontam que um dos sócios da empresa contratada já teve vínculo empregatício com a Câmara. As assessorias de imprensa da empresa, da Câmara e do MP foram procuradas, mas não deram retorno até o fechamento desta edição.

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