Prefeito de Cabo Frio não comparece para depor na Polícia

Investigado pela Polícia Federal por participação em organização criminosa denunciada pela Operação Basura no início de dezembro, o prefeito de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes, não compareceu à sede da entidade, em Macaé, para depor, na última quinta-feira. Ele é testemunha na investigação sobre uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 60 milhões. O advogado do político foi até a cidade e deixou uma justificativa sobre a ausência.

De acordo com a Prefeitura de Cabo Frio, um problema familiar inviabilizou o comparecimento do prefeito. Além disso, Marquinho Mendes utilizou a prerrogativa de prévio agendamento prevista em lei. Uma nova data para depoimento será agendada entre os advogados de defesa e a Polícia Federal.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Felício Laterça, caso o prefeito se ausente mais uma vez para depoimento, ele será intimado a depor, sob o crime de desobediência.

A Operação Basura, realizada em conjunto da Polícia Federal com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de (Gaeco/MPRJ), prendeu quatro acusados de crimes de lavagem de dinheiro, delitos contra a administração pública e peculato praticados desde janeiro desse ano, através da Companhia de Serviços Públicos de Cabo Frio (Comsercaf).

Além disso, cumpriu 39 mandados de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva em oito municípios dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.