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Operação da PF prende quatro homens envolvidos em esquema de corrupção em Cabo Frio

Prefeito da cidade foi intimado a depor como testemunha

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de dezembro de 2017 - 10:43
A Poícia Federal prendeu quatro pessoas envolvidas no recebimento de propinas na Comsercaf
A Poícia Federal prendeu quatro pessoas envolvidas no recebimento de propinas na Comsercaf -

A Polícia Federal prendeu, ontem, quatro acusados de crimes contra a administração pública e peculato, todos envolvidos em desvios na Companhia de Serviços Públicos de Cabo Frio (Comsercaf), empresa responsável por exercer e fiscalizar a execução dos serviços de limpeza, iluminação pública, resíduos sólidos e demais serviços de manutenção pública do município. A ‘Operação Basura’ - que significa lixo em espanhol - cumpriu 39 mandatos de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva. O prefeito da cidade, Marcos da Rocha Mendes, foi intimado a depor como testemunha, assim como outras 15 pessoas.

As suspeitas giram em torno dos contratos firmados desde janeiro de 2017, que somam mais de R$ 60 milhões, além de inúmeras movimentações bancárias realizadas pelos envolvidos, o que de acordo com a investigação, seriam indícios de pagamentos de propina e lavagem de dinheiro. Os quatro presos foram o presidente da Comsercaf, Cláudio Moreira, o policial militar reformado, Antônio Carlos Leal de Carvalho Filho, e os empresários Bruno Toledo e Pablo Angel Santos Rodrigues. As prisões foram decretadas por conta de um esquema de corrupção, que seria chefiado pelo chefe da empresa.

A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Os mandados expedidos foram cumpridos em cidades da Região dos Lagos, na Barra da Tijuca, Niterói, Duque de Caxias e em três cidades de Minas Gerais, entre elas, Belo Horizonte. De acordo com a acusação, Claudio Moreira, entre outros crimes, controlava todas as contratações de funcionários e serviços terceirizados de limpeza urbana, além de realizar a intermediação de fornecimento de equipamentos e produtos.

De acordo com as investigações realizadas, as empresas terceirizadas não possuíam registro dos caminhões e os sócios das empresas tinham vínculo empregatício com baixo salário em atividades não exercidas. O policial militar reformado era funcionário da Comsercaf, mas não comparecia ao trabalho. Durante a carga horária, ele realizava outros trabalhos, entre eles, o de motorista para Claudio Moreira. Os dois negociavam a contratação de funcionários fantasmas para obter lucro em cima de movimentações ilícitas entre os contratados e a organização criminosa.

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