Haddad acusa Bolsonaro de contratar empresa para o envio de 'fake news'

 A dez dias das eleições, a possibilidade de um debate entre os candidatos à presidência da República – Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) – continua indefinida. Ontem, Bolsonaro passou por exames e nova avaliação médica, que não deixou claro o que ele pode realmente fazer. Do outro lado, Haddad acusa o oponente de fraude eleitoral devido as denúncias publicadas sobre a suposta existência de um grupo de empresários que financia o envio em massa de mensagens falsas via WhatsApp. 

“Milhões de reais foram investidos em notícias falsas. Por meio de caixa 2, resolveram financiar uma campanha de difamação a meu respeito. Eu nunca tinha visto isso acontecer. Estamos diante de uma tentativa de fraude eleitoral. Dez dias é muito tempo para o momento que estamos vivendo. E ele que diz que já está com a faixa presidencial. Vai experimentar a ira de quem de fato decide a eleição: o voto popular. A própria soberania nacional nunca esteve tão ameaçada quanto agora. Não é um problema moral, é crime. É penal”, disse Haddad, acrescentando que vai apresentar denúncias à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral para que sejam tomadas as providências.

Nas redes sociais, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre as informações publicadas. Ele passou por uma avaliação médica com a equipe do Hospital Albert Einstein, que durou pouco mais de uma hora e meia. A assessoria do candidato divulgou uma nota informando que Bolsonaro apresentou evolução clínica e nutricional, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia e que ainda permanece como fator limitante relativo a presença da colostomia. A nota, no entanto, não deixa claro se ele pode voltar às atividades normais.

A expectativa era de que a partir da avaliação, Bolsonaro definisse sua participação em, pelo menos, dois debates com o adversário Fernando Haddad e eventuais viagens fora do Rio de Janeiro. Nos últimos dias, o candidato do PSL disse que aguardava a avaliação médica para tomar decisões.

A cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia está prevista para ser feita a partir do dia 12 de dezembro e requer duas semanas de recuperação.