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Carlos Jordy e Talíria Petrone vão 'duelar' na Câmara Federal em 2019

Os dois candidatos de Niterói obtiveram expressivos números de votos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de outubro de 2018 - 13:28
Carlos Jordy (PSL) conquistou cerca de 204 mil votos no domingo, enquanto Talíria Petroni (PSOL) obteve mais de 100 mil votos
Carlos Jordy (PSL) conquistou cerca de 204 mil votos no domingo, enquanto Talíria Petroni (PSOL) obteve mais de 100 mil votos -

Por: Dayse Alvarenga e Rennan Rebello 

Os vereadores de Niterói Carlos Jordy (PSL) e Talíria Petrone (PSOL), que defendem propostas ideologicamente opostas nas sessões do Legislativo municipal, agora vão ‘duelar’ na Câmara Federal, em Brasília, a partir de 2019, respaldados por expressivas votações

A polaridade política por qual atravessa o país entre direita e esquerda, também teve reflexo em Niterói nas últimas eleições de domingo. A Câmara de Vereadores teve seis representantes que tentaram se eleger como deputados federais, mas apenas Carlos Jordy (PSL) e Talíria Petrone (PSOL) conseguiram êxito, com expressivas votações, de 204 mil e 107 mil votos, respectivamente. E na Câmara Federal, eles prometem que a disputa por suas ideologias vai continuar.

“Entrei na política porque vi que o cenário estava degradado e queria fazer diferente. Ao perceber que meu trabalho como vereador estava sendo reconhecido resolvi me candidatar à Câmara dos Deputados, até mesmo para ajudar o Bolsonaro, pois como presidente (caso eleito), precisará de uma bancada forte no Congresso”, disse Jordy.

Já Talíria revelou que a candidatura para a esfera federal não estava nos planos, mas o assassinato da vereadora do Rio, Marielle Franco, em 14 de março deste ano, a fez ter vontade de se candidatar.

“Após o assassinato da Marielle, um crime político até hoje sem solução, entendemos que foi necessário acelerar e avançar na ocupação da política com nossos corpos de mulheres negras trabalhadoras e nossas demandas de classe, raça e gênero. Vamos atuar em Brasília para fortalecer as lutas da negritude, das mulheres, LGBTs, do povo das favelas, quilombolas, caiçaras e indígenas”, disse a deputada recém-eleita.

Embora os dois tenham conquistado mandato para representar o Estado do Rio, mas por serem oriundos de Niterói, terão a região entre suas prioridades.

“Meu trabalho na Câmara de Niterói já tinha pautas nacionais, como a revogação do estatuto do desarmamento, diminuição da maioridade penal e retaguarda jurídica para que os policiais possam exercer seu trabalho sem serem perseguidos. Mas evidente que, na Câmara dos Deputados, também terei um olhar especial para destinar recursos a Niterói e São Gonçalo, esta última, que é a cidade da minha mãe, onde meu irmão foi criado e, portanto, é um município vizinho que tenho muito carinho”, disse Jordy.

A psolista também afirma que buscará recursos para a região. “É fundamental lutar por recursos para a educação e a saúde, assim como para saneamento, moradia e transportes. Neste caso, precisamos defender por exemplo a linha das barcas São Gonçalo - Praça XV, assim como a Linha 3 do metrô”, revelou.

Apesar das projeções de atuação, a única certeza será que estarão em lados opostos.

“Não há a mínima chance de dialogar com o PSOL, porque eles defendem tudo que há de pior na sociedade. Eu dialogo com qualquer pessoa, exceto com eles. Em Niterói, por exemplo, dialogo com outros integrantes da base ou oposição”, afirmou Jordy.

Talíria também não pretende dialogar com o adversário político. “Jordy é uma expressão do projeto fascista encarnado nacionalmente pelo PSL de Bolsonaro e que representa grave ameaça de retrocesso no processo de construção da nossa democracia. Um risco à perda das liberdades políticas e de expressão, de cortes ainda mais drásticos de direitos e de garantias trabalhistas”, definiu.

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