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'Defendemos que a população governe em conselhos populares'

Candidata do PSTU quer um governo popular

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de setembro de 2018 - 19:07
Vera Lúcia (PSTU) defende que a destinação dos recursos deve ser gerida pela população
Vera Lúcia (PSTU) defende que a destinação dos recursos deve ser gerida pela população -

A cientista social Vera Lúcia, de 51 anos, encabeça a chapa do PSTU para concorrer à Presidência da República tendo como vice, o professor de História e do mesmo partido, Hertz Dias. Caso eleita, Vera almeja um governo popular no qual seja possível um maior diálogo com a sociedade civil em decisões governamentais por meio de conselhos. “Defendemos que os trabalhadores e a população se organizem e governem por meio de conselhos populares nos locais de trabalho, moradia, etc. E que através deles possam definir os recursos que serão destinados a cada área”, disse a candidata.

O SÃO GONÇALO – A senhora é a favor ou contra as reformas trabalhista e da Previdência? Por quê? Em caso de ser eleita, qual a possibilidade de uma revisão da reforma trabalhista já aprovada?

VERA LÚCIA – Somos terminantemente contra as reformas trabalhista e da Previdência. A reforma trabalhista tem como único objetivo reduzir o custo da mão-de-obra, precarizando o emprego e reduzindo os salários. Já a reforma da Previdência tem como objetivo continuar privilegiando o pagamento da dívida pública aos banqueiros, às custas das nossas aposentadorias. Nossa primeira medida será revogar imediatamente a reforma trabalhista de Temer, e mais que isso, a restrição de Dilma ao seguro-desemprego e ao PIS-Pasep.

OSG – O que a senhora fará, caso eleita, para combater a violência contra a mulher e o racismo?

VERA – Primeiro é preciso que a Lei Maria da Penha funcione de fato. Temos vários casos de mulheres que denunciaram violência cometida por seus companheiros e foram assassinadas antes que qualquer medida protetiva fosse tomada. Da mesma forma, precisamos combater o racismo, pondo um fim ao genocídio da juventude negra. E defendemos ainda políticas de reparação histórica à população negra, assim como o combate ao preconceito das religiões de matriz africana.

OSG – Como é possível melhorar a qualidade da saúde pública?

VERA – É preciso investir fortemente na saúde pública e parar a transferência, que ocorre hoje, de recursos públicos à iniciativa privada. Saúde é um direito, não uma mercadoria disponível a quem possa pagar. Defendemos a estatização da saúde privada e sua incorporação ao sistema público. E o aumento drástico de investimento, com os recursos que hoje vão para pagar a dívida a banqueiros.

OSG – Em um seu eventual governo, qual a estratégia para fiscalizar a aplicação dos recursos federais de forma correta por estados e municípios na área da educação?

VERA – Defendemos que os trabalhadores e a população se organizem e governem por meio de conselhos populares nos locais de trabalho, moradia, etc. E que através deles possam definir os recursos que serão destinados a cada área, além de fiscalizar a aplicação desses recursos. Enquanto essa tarefa for restrita aos políticos e seus subordinados, a educação vai ser fonte de corrupção e roubalheira.

OSG – Qual a possibilidade, se for eleita, do governo federal liberar recursos para implantação do metrô em São Gonçalo?

VERA – Nosso projeto de transporte público prevê a prioridade absoluta do investimento no modal metroferroviário. Só o transporte público de massa metroferroviário pode resolver a situação a que milhões de trabalhadores estão submetidos hoje em dia, de um transporte ineficaz, lotado e caro. São Gonçalo não foge à regra.

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