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Prefeitura dá duas versões para explicar presença de Tião Nanci no cargo

Sobrinho do prefeito foi colocado na administração

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de julho de 2018 - 11:49
Pericar alega que não estava no cargo desde 5 de abril
Pericar alega que não estava no cargo desde 5 de abril -


Enquanto o vice-prefeito Ricardo Pericar, mantém a explicação sobre sua saída a frente da empresa de Iluminação Pública, a prefeitura se contradiz, e apresenta duas versões para explicar a presença do sobrinho do prefeito, Tião Nanci, que foi colocado sem qualquer aviso prévio a frente da administração, que desde abril estava sobre responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, como acordado com o vice-prefeito.

Em primeira nota divulgada, a Prefeitura disse que a questão estava sendo tratada com respeito à população e com a responsabilidade exigida perante a administração pública. Em um segundo momento, por meio de nota, José Luiz Nanci, explicou que “o afastamento do vice-prefeito do serviço de iluminação pública ocorreu devido ao fato de o mesmo ser pré- candidato a deputado federal. Desta forma, a permanência de Ricardo Pericar no cargo iria contra os preceitos de lisura e transparência. Isso poderia ocasionar problemas com a Justiça Eleitoral tanto para a Prefeitura quanto para ele enquanto candidato.Esta foi uma medida tomada em relação ao processo eleitoral que se aproxima. Após esse período, ele poderia reassumir a pasta, mas, infelizmente, não compreendeu a situação”.

Entretanto, Pericar alega que desde 05 de abril já não estava no cargo e, foi ele próprio que solicitou seu afastamento para não se tornar inelegível, caso decidisse se candidatar ao cargo de deputado federal e, não houve qualquer decisão do prefeito sobre seu afastamento.

Entretanto, mesmo não estando à frente da pasta, colaborava sempre que solicitado, e disse que como agente político, acompanhava os trabalhos que seguiam as suas diretrizes.

“O Prefeito tirou a minha designação da Iluminação Pública, mas existia uma acordo nosso de campanha que eu governaria junto com ele. A princípio, eu ficaria com a Secretaria de Obras, mas ele colocou uma prima. Meu trabalho então ficou restrito a Iluminação. Mesmo eu me afastando para ser candidato, é um espaço político que eu teria lá dentro porque pessoas que ajudaram ele ligados a mim estariam neste comando. A partir do momento que ele coloca um sobrinho, quebrou esse acordo. Acho que eles não acreditavam que eu colocaria esse projeto para funcionar e o arrependimento cresceu e eles resolveram fazer a retomada”, explicou.

Ainda segundo Pericar, foi ele quem pediu para o prefeito revogar o decreto de novembro de 2017 sobre sua administração a frente da empresa de iluminação pública. “Com relação |à designação, foi um pedido meu. Eu não tinha partido e nem vontade de ser candidato, mas essa é uma maneira de você não ficar inelegível. A lei eleitoral tem que ser cumprida. Mas quando ele bota o sobrinho em um setor que reestruturamos, isso quebrou todos os acordos. Durante a campanha, falamos muito sobre ser contra o nepotismo, loteamento de secretarias e ele fez tudo ao contrário, infelizmente”, disse Pericar, que revelou ainda que na última semana, o prefeito sem comunicação prévia arrebentou os cadeados das salas, trocou as fechaduras e colocou o sobrinho a frente do setor.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo informa que não houve quebra de acordo.  Também afirma desconhecer esse episódio relacionado à suposta quebra de fechaduras e troca das mesmas no setor de Iluminação.  O trato era Ricardo Pericar reassumir o setor após a eleição. Sendo assim, o prefeito determinou uma pessoa de sua extrema confiança para comandar o setor, até a passagem do período eleitoral. Neste caso, este serviço está sob a responsabilidade do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando Moreira. 

Reiterando a nota, o prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci, explica que o afastamento do vice-prefeito do serviço de iluminação pública ocorreu devido ao fato de o mesmo ser pré-candidato a deputado federal. Sua permanência no cargo iria contra os preceitos de lisura e transparência e isso poderia ocasionar problemas futuros.

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