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Operação Lei Seca tem números positivos em 10 anos

Em 2016 houve 35 mil mortes a menos que em 2013

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de junho de 2018 - 11:04
Estudo mostra que, de 2008 a 2016, a Lei Seca teria evitado 41 mil mortes em todo o Brasil
Estudo mostra que, de 2008 a 2016, a Lei Seca teria evitado 41 mil mortes em todo o Brasil -

Se beber, não dirija”. A frase, usada frequentemente em campanhas publicitárias na mídia, faz parte do cotidiano do brasileiro há mais 10 anos. Em alguns estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, ela obrigatoriamente deve ser impressa em cardápios de bares e restaurantes.

Embora campanhas embasadas nessa frase já fossem realizadas desde o fim dos anos 1990, é com a aprovação da Lei Seca, em 2008, há exatos 10 anos, que ela passa a ser utilizada de forma mais ampla e articulada pelo poder público e organizações da sociedade. A nova legislação trouxe modificações importantes no Código de Trânsito. De lá pra cá, especialistas celebram dados positivos, mas também levantam questões que consideram relevantes para aprimorar o quadro.

Um estudo - conduzido pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) e divulgado no ano passado - aponta que, entre 2008 e 2016, a Lei Seca teria evitado a morte de quase 41 mil pessoas.

“Agregando o valor estatístico da vida, corrigido para 2016 pelo IGP-DI ((Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), a economia brasileira teria evitado uma perda de produto de R$ 74,5 bilhões a preços de 2016”, registra o estudo.

O levantamento tomou como base estatísticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele mostrou ainda que, embora tenha havido aumento de 7% no número de acidentes em 2016 na comparação com 2013, houve 35 mil mortes a menos.

Para o autor da lei, o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), a principal preocupação é garantir a efetiva fiscalização.

“A suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) por um ano é uma realidade, mas os estados estão cumprindo? É importante que as pessoas tenham a percepção de que a lei é aplicada. Aí, sim, haverá impactos. Temos números relevantes sobre o impacto da lei, mas ainda não é aquém do cenário que nós queremos”, argumentou o parlamentar.

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