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Validade da reforma trabalhista vence nesta segunda-feira

O documento levava mudança a cerca de 17 artigos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de abril de 2018 - 11:07
Texto da reforma trabalhista ficou ‘travado’ com comissão mista da Câmara dos Deputados
Texto da reforma trabalhista ficou ‘travado’ com comissão mista da Câmara dos Deputados -

A Medida Provisória 808/17, que modifica diversos pontos da lei que instituiu a reforma trabalhista (Lei 13.467/17), perderá a validade hoje. O texto não foi analisado pela comissão mista, que não chegou a ter um relator eleito. O posto caberia a um deputado.

O texto trazia mudanças a 17 artigos da reforma e fazia parte de um acordo firmado pelo presidente Michel Temer com os senadores quando o projeto da reforma foi votado no Senado, em julho de 2017. Entre os assuntos tratados estão os trabalhos intermitente e autônomo, a representação em local de trabalho, as condições de trabalho para grávidas e lactantes e a jornada 12x36, entre outros.

A MP chegou a receber 967 emendas, majoritariamente com foco no trabalho intermitente. Deputados da oposição buscavam revogar a novidade ou garantir mais direitos ao trabalhador nestes casos.

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator do projeto de reforma na comissão especial, disse que houve demora de quatro meses na instalação da comissão, além de falta de acordo com os deputados. “Não houve negociação com o Congresso. Houve negociação com a base do governo no Senado da República. O Congresso é o Senado e a Câmara Federal”, afirmou. Para o vice-presidente do colegiado, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), é preciso haver um novo acordo, com uma nova medida provisória ou um projeto de lei.

Ele assumiu os trabalhos da comissão depois de o senador Gladson Cameli (PP-AC), eleito como presidente, renunciar pouco depois de assumir o cargo. Segundo o líder do Governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), agora é preciso aguardar para ver qual será o encaminhamento do Executivo. Ele reforçou, porém, que cada comissão tem autonomia e ritmo próprios.

“Os partidos são autônomos nessa indicação e funcionamento das comissões que tratam das medidas provisórias”, salientou.

O líder da Minoria na Câmara, deputado Weverton Rocha (PDT-MA), falou que a reforma não poderia contemplar apenas um ponto ou outro, e sim ser uma mudança mais ampla para reverter mudanças feitas com a nova lei trabalhista. “Essa reforma e esse remendo que eles querem fazer precisa, realmente, ser rediscutida por esta Casa”, disse. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), já havia se pronunciado a favor de que a reforma posse pautada por meio de projeto de lei e não por medida provisória..

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