Vereadora Iza tem o mandato cassado

Por Renata Sena e Matheus Merlim

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) decidiu, por unanimidade, pela cassação do mandato da vereadora Iza Deolinda de Almeida (PMDB), sob acusação da prática de abuso de poder durante a última eleição. A parlamentar, que cumpre atualmente o seu terceiro mandato pela Câmara de São Gonçalo, pode ficar inelegível por oito anos.

Os integrantes do TRE acataram a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) e acompanharam o voto do relator do processo, o desembargador Luiz Antônio Soares, que deu parecer favorável à cassação. De acordo com o MPE, Iza teria utilizado, de forma inapropriada, bens públicos no Centro Social dela no Jardim Catarina.

Entre as acusações levantadas pelo órgão, estão de abuso do poder político e de autoridade, captação ilícita de sufrágio, conduta vedada a agente público e assistencialismo político. A assessoria de imprensa da Câmara Municipal de São Gonçalo informou que o órgão ainda não foi notificado sobre a decisão.

Para Iza, a acusação do MPE é infundada. No entanto, a parlamentar afirma que está confiante na Justiça para um desfecho positivo. A vereadora informou, ainda, que seus advogados já trabalham para entrar com recurso especial na próxima instância para anular a decisão.

“Não estou sendo julgada por nenhum fator ilícito, mas sim por supostamente ter feito uso abusivo da máquina pública para ajudar o povo. E isso não aconteceu. Não compactuo com nada de errado. Procuro sempre fazer o meu papel, que é representar o povo e apresentar projetos de lei. Tenho esperança que isso vai se reverter de forma positiva”, declarou Iza.

Troca - Se o recurso for negado e a decisão passar a valer, quem assume o cargo deixado pela vereadora é Jorge Mariola (PHS), que atualmente exerce mandato, ocupando a vaga como suplente do vereador Thiago da Marmoraria (PMDB), cedido à Secretaria Municipal de Transportes. Com a efetivação de Mariola, a vaga de suplente de Thiago da Marmoraria seria assumida pelo ex-vereador e médico Fábio Farah (PMDB).

O presidente da Câmara, Diney Marins (PSB), afirmou que a Casa ainda não foi notificada pela Justiça Eleitoral.