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Lava Jato: Dois presos na Operação 'Rio 40 Graus' em Niterói

Advogada e engenheiro envolvidos em esquema

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de agosto de 2017 - 10:54
 Na casa do engenheiro, em São Francisco, foram encontradas mais de 15 armas, além de US$51 mil
Na casa do engenheiro, em São Francisco, foram encontradas mais de 15 armas, além de US$51 mil -

Por Elena Wesley

A Polícia Federal prendeu, na manhã de ontem, um engenheiro e uma advogada, residentes de bairros nobres de Niterói, durante a Operação Rio 40 Graus, da Lava Jato. Realizada com o Ministério Público Federal e a Receita Federal, a ação tinha como objetivo desarticular um esquema criminoso que envolvia o pagamento de propina às autoridades e servidores públicos, por meio de serviços fictícios de advocacia e entregas de valores em espécie desviados das obras do BRT Transcarioca e do Programa de Despoluição da Bacia de Jacarepaguá.

Os agentes cumpriram nove mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, quatro de condução coercitiva e 17 mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal/RJ. Iniciadas há oito meses, as investigações indicam o pagamento de, pelo menos, R$ 35,5 milhões em vantagens indevidas em três frentes: ao Ministério das Cidades, aos fiscais responsáveis pelo acompanhamento da obra, e ao ex-secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto da Silva, que também foi preso.

Somente em Niterói, a PF visitou os bairros Boa Viagem, Icaraí, São Francisco, Itaipu, Fonseca e Camboinhas. O engenheiro fiscal de obras, Ricardo da Cruz Falcão, foi preso em uma mansão com vista para o mar em São Francisco, onde os agentes encontraram mais de 15 armas, algumas delas de grosso calibre, além de US$51 mil. O engenheiro alegou legalidade no porte das armas e que seria colecionador. Segundo a investigação, Ricardo recebia, junto a outros dois fiscais, 3% do valor do contrato da Transcarioca, que era pago no próprio canteiro de obras por funcionários da Carioca Engenharia.

Já a advogada Vanuza Sampaio é acusada de ter recebido quase R$6,5 milhões entre 2012 e 2013, por meio de contratos fictícios da Transcarioca. Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional do estado.

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