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Votação de reforma é suspensa no Senado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de julho de 2017 - 14:30
Senadoras da oposição ocuparam a mesa do plenário para impedir a votação da reforma trabalhista
Senadoras da oposição ocuparam a mesa do plenário para impedir a votação da reforma trabalhista -

O senador José Medeiros (PSD-MT) recolheu assinaturas de seus colegas parlamentares com o objetivo de ingressar no Conselho de Ética contra as senadoras da oposição que protestavam no Plenário do Senado contra a votação da reforma trabalhista ontem. Medeiros disse não ter dúvidas de que houve quebra de decoro por parte das parlamentares, que ocuparam a Mesa do Senado e impediram o presidente da Casa, Eunício Oliveira, de presidir a sessão que analisaria o projeto.

Segundo ele, a representação será oferecida também aos “insufladores” e “mentores intelectuais da baderna”, sem indicar outros nomes. “Isso não é o senador Medeiros. É o corpo do Senado que está se sentindo extremamente atingido, com vergonha alheia desse espetáculo que foi dado aqui para o Brasil e para o mundo e querem representar para que o Conselho de Ética possa se posicionar”, afirmou o senador.

Quatro horas após Eunício Oliveira suspender a sessão por tempo indeterminado, parlamentares da oposição continuaram ocupando o plenário do Senado. A oposição pedia acordo que permita aos senadores votarem em separado as condições de trabalho para grávidas em locais insalubres.

Ainda durante a tarde, Eunício Oliveira determinou o religamento das luzes do Plenário na tentativa, mais uma vez, de retomar o comando da sessão. Desde o início da confusão, ele fez reuniões em seu gabinete com lideranças da base aliada do governo. Alguns senadores, como os petistas Jorge Viana (AC) e Paulo Paim (RS), atuavam para intermediar o impasse.

Ocupação – Senadoras da oposição ocuparam a mesa do plenário para impedir a votação da reforma trabalhista. A confusão começou quando a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) conduzia os trabalhos e concedia a palavra a outras parlamentares. Quando chegou para dar continuidade à sessão, Eunício Oliveira foi impedido e o protesto continuou sendo feito pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO).

A senadora Gleisi Hoffmann defendeu que o Senado exerça o seu papel como Casa revisora e altere os pontos da reforma trabalhista que achar necessário. “Qual o problema de o projeto voltar de novo para a Câmara? As principais prejudicadas com essa reforma trabalhista são as mulheres. São as empregadas domésticas, as mães que não vão ter mais lugar salubre de trabalho, é a questão do menor salário. É isso que vai acontecer”, criticou.

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