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Itaboraí na rota JBS-Eduardo Cunha

Loja de materiais de construção da cidade é investigada por lavagem de mais de 1 milhão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de junho de 2017 - 12:00
 Empresa é suspeita de ser alvo de lavagem de R$ 1.036.598,16 milhão para benefício do ex-deputado federal Eduardo Cunha
Empresa é suspeita de ser alvo de lavagem de R$ 1.036.598,16 milhão para benefício do ex-deputado federal Eduardo Cunha -

Por Marcela Freitas

Uma loja de materiais de construção de Itaboraí pode se tornar alvo de uma das maiores investigações sobre a corrupção na política nacional. A loja Grafbelo Revestimentos Indústria e Comércio Ltda, localizada na Avenida 22 de Maio, no bairro do Engenho Velho, é suspeita de ser alvo de lavagem de R$ 1.036.598,16 milhão, em setembro de 2014, para benefício do ex-deputado federal e presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha. O envolvimento da empresa com a JBS é confirmada através de uma nota de pagamento.

Essa seria uma das primeiras provas de repasse do empresário de Joesley Batista, dono da JBS,a Eduardo Cunha. As notas somam mais de R$ 28 milhões. É sabido que nenhum desses recebedores da JBS, exceto o próprio PMDB, é doador de Cunha nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Grafbelo tem sua matriz em Itaboraí e conta com dois sócios. A empresa foi fundada, em 2003, e ao longo dos anos se tornou uma das maiores referências da cidade na linha de pisos e revestimentos. Com dois andares e fabricação própria de lajes pré-moldadas e argamassas, a empresa conta com dezenas de funcionários, que atuam na produção, vendas externas e internas.

Procurada pela equipe de reportagem, um funcionário da empresa disse que não havia interesse em falar sobre o assunto.

Investigação – A investigação, que tem como um dos investigados o presidente Michel Temer, teve seu início em abril e foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, em gravação feita em março, o presidente Temer pediu que Joesley mantivesse pagamentos a Cunha com objetivo de impedir revelações na Lava Jato.

Em depoimento na última quarta-feira, no inquérito que investiga o presidente Michel Temer com base nas gravações da JBS, o ex-deputado Eduardo Cunha teria dito que o silêncio dele nunca esteve à venda.

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