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Protestos em Brasília e no Rio

Michel Temer convoca Exército para reprimir os manifestantes contra as reformas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de maio de 2017 - 12:30
Antes do Exército ocupar Brasília por ordem de Temer, tropas de elite da PM foram usadas para reprimir manifestações na Capital Federal
Antes do Exército ocupar Brasília por ordem de Temer, tropas de elite da PM foram usadas para reprimir manifestações na Capital Federal -

Em meio a investigações do Ministério Público Federal por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, o presidente Michel Temer convocou tropas do Exército para reprimir manifestações, em Brasília, que pediam a sua renúncia, eleições diretas e a paralisação da votação das reformas da Previdência e das leis trabalhistas.

“O presidente da República decretou, por solicitação do presidente da Câmara, uma ação de garantia da lei e da ordem”, anunciou o ministro da Defesa Raul Jungmann, durante coletiva à imprensa. “O senhor presidente da República faz questão de ressaltar que é inaceitável baderna, inaceitável o descontrole e que ele não permitirá que atos como esse venham a turbar o processo que se desenvolve de foram democrática e com respeito às instituições”, afirmou.

“Atendendo à solicitação do senhor presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, mas também levando em conta fundamentalmente uma manifestação que estava prevista como pacífica. Ela degringolou à violência, vandalismo, desrespeito, agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas, muitas delas servidores que se encontram aterrorizados”, acrescentou o ministro, em seu pronunciamento.

A decisão praticamente coloca o Brasil em estado de sítio, no momento em que mais de 85% dos brasileiros desejam a saída de Temer e eleições diretas para presidente. Brasília entrou em chamas com os protestos contra as reformas.

Logo depois, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou uma nota, informando que o decreto do presidente Michel Temer que autoriza a presença das Forças Armadas nas ruas do Distrito Federal será revogado após a “ordem” ser restabelecida.

Pouco antes de a secretaria enviar a nota à imprensa, a assessoria da Presidência já havia divulgado uma mensagem de Temer aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), onde informava que o decreto tem como “única intenção” garantir manifestações “pacíficas”, não “destrutivas”.

Durante o protesto, que começou pacífico, policiais entraram em confronto com as pessoas, descarregando balas de borracha e bombas de efeito moral

“O presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da esplanada e proteger o patrimônio público. Restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado”, diz a nota.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que pediu a intervenção da Força Nacional de Segurança, e não das Forças Armadas.

Parlamento Juvenil come

Deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovaram, com 39 votos favoráveis e 26 contrários, o aumento da alíquota de desconto dos servidores públicos de 11% para 14%. As galerias permaneceram vazias, por determinação da Mesa Diretora da Casa.

Os deputados incluiram no projeto a garantia de que o aumento da alíquota entrará em vigor, após a quitação dos pagamentos atrasados dos servidores.

Do lado de fora, ao mesmo tempo em que os deputados aprovavam o texto básico da medida, bombas de efeito moral foram jogadas contra manifestantes, pela tropa da Polícia Militar, com ajuda da Força Nacional de Segurança.

Manifestantes foram impedidos de entrar no prédio pela porta dos fundos e tentaram virar um carro da Alerj. Eles foram dispersados pela tropa da Polícia Militar com uso de bomba de efeito moral. Outro grupo permaneceu na frente da Alerj.

Os deputados prosseguiram com as votações de destaques na tentativa de emendar o texto original. O governo do estado defende a votação do projeto como forma de equilibrar a situação fiscal do Rio de Janeiro, principalmente na questão da previdência pública dos servidores.

A economia do estado foi duramente afetada nos últimos anos por causa da redução no valor do barril do petróleo e pela perda de royalties, que enfraqueceu os caixas do estado e dos municípios. Isso ocasionou um desequilíbrio nas contas, e atraso nos pagamentos dos servidores e fornecedores.

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