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‘Eu vim do povo e vou ser prefeito junto com o povo’

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de outubro de 2016 - 09:07
Às vésperas do embate final pela Prefeitura de São Gonçalo, o vereador Dejorge Patrício (PRB) reafirma sua confiança para vencer as eleições no domingo
Às vésperas do embate final pela Prefeitura de São Gonçalo, o vereador Dejorge Patrício (PRB) reafirma sua confiança para vencer as eleições no domingo -

Às vésperas do embate final pela Prefeitura de São Gonçalo, o vereador Dejorge Patrício (PRB) reafirma sua confiança para vencer as eleições no domingo, com seua experiência de cidadão. Ele afirma que não negocia troca de favores por apoios no segundo turno e promete, se for eleito, começar a trabalhar já na próxima segunda-feira. “O que sabemos hoje é que vamos encontrar uma dívida de mais de R$300 milhões quando assumirmos a prefeitura”, revelou.

O SÃO GONÇALO - Nesse segundo turno, o senhor conta com o apoio de dois adversários na disputa do primeiro turno, a ex-prefeita Aparecida Panisset (PDT) e o médico Dilson Drumond (PSDB). O que o senhor ofereceu aos dois em troca desse apoio? Caso seja eleito, eles ocuparão alguma Secretaria? Se sim, isso não pode passar para o eleitor a ideia da política do “toma lá, dá cá”?

DEJORGE PATRÍCIO - Tanto o doutor Dilson Drumond como a ex-prefeita Aparecida decidiram apoiar a Coligação “Renova São Gonçalo”. Não ofereci nenhuma secretaria a eles e nem a ninguém que está nos apoiando neste segundo turno. Não trabalho com a política do toma lá dá cá.

OSG - Um dos seus adversários no primeiro turno, Brizola Neto (PDT), tinha como proposta para a Educação a recuperação dos Cieps da cidade, que voltariam a funcionar em tempo integral, resgatando a ideia de seus criadores, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola. O que o senhor acha dessa proposta? Pretende implantá-la?

DEJORGE - Lugar de criança é na escola e, se possível, o dia inteiro, estudando, fazendo cursos, praticando esportes e participando de projetos de arte e cultura. Vamos, após ganharmos as eleições, fazer um levantamento de toda a rede. Ver o que funciona, o que está parado, ouvir professores, alunos e pais. Acabar com a aprovação automática, licitar uma merenda de verdade, fornecer uniformes, valorizar os professores e pessoal de apoio, enfim, garantir o pleno funcionamento das escolas públicas, onde estudei e tenho muito orgulho disso.

OSG - Recentemente, o senhor anunciou que pretende transformar a Fazenda Colubandê em um Parque Municipal. A construção, situada no bairro do Colubandê, é um patrimônio histórico tombado pelo Iphan e Inepac. Como o senhor pretende articular esse projeto e quanto pretende gastar nessa reforma?

DEJORGE - Do jeito que está é que não pode ficar. A Fazenda Colubandê está sob a responsabilidade da prefeitura há meses, mas continua abandonada, fechada, sendo destruída ainda mais. Vamos buscar parcerias com a iniciativa privada, com os governos estadual e federal. Vamos devolver à população aquele local, bonito e recuperado, com eventos de cultura, arte, lazer e esportes.

OSG - A população gonçalense perdeu um dos seus principais pontos de lazer: o Piscinão de São Gonçalo. A crise do Estado afetou o funcionamento do local, que está fechado há um ano. Em resposta, o Governo Estadual informou que estuda a possibilidade de municipalizar o espaço. O senhor pretende aceitar? Se sim, o que vai fazer com o local?

DEJORGE - Ainda não fui informado sobre esta proposta. Mas vamos ouvir e estudar. O Estado está falido e está doando tudo para os municípios. O piscinão tem um custo de manutenção alto. Para aceitar tem que haver uma contrapartida do Estado e também temos que procurar parcerias com a iniciativa privada, que poderia explorar o local com publicidade, seria uma solução.

OSG - O Sindicato dos Profissionais de Educação tem a reivindicação histórica de cinco salários mínimos para professores e três e meio para funcionários das escolas municipais. O senhor acha possível atender essa reivindicação?

DEJORGE - O que sabemos hoje é que vamos encontrar uma dívida de mais de R$300 milhões quando assumirmos a prefeitura. Mas vamos sentar com os professores, pessoal de apoio e sindicato para ouvir e ver a melhor solução para cumprirmos a lei. Nada combinado sai caro. Não vou prometer por prometer. Isso é coisa de politico antigo. De politicagem.

OSG - O que o senhor pode destacar, para os eleitores, como principais diferenças entre seu plano de governo e o de seu adversário?

DEJORGE - Nossas propostas são simples, mas concretas. São projetos, programas, ações que vamos fazer para melhorar a cidade e consequentemente a qualidade de vida da população. Temos que colocar os postos de saúde para funcionar com médicos, exames e medicamentos; a escola tem que ter professor, merenda decente e uma estrutura boa; o transporte público tem que funcionar, assim como o atendimento para os idosos, pessoas com deficiência, crianças, gestantes etc. Não vamos prometer coisas que não vamos cumprir. Vim do povo e vou governar junto com o povo. Sei das principais necessidades da população.

OSG - O segundo turno foi marcado por troca de “farpas” entre o senhor e seu adversário. Uma questão levantada pelo outro candidato foi a falta de experiência do senhor em cargos públicos, já que ainda cumpre o primeiro mandato como vereador na cidade, sem nenhuma lei aprovada neste período. O senhor acredita que esse pouco tempo na política pode te atrapalhar para assumir o cargo de prefeito em janeiro, caso seja eleito?

DEJORGE - Minha maior experiência vem do povo. Sei o que é andar de ônibus, pisar na lama, carregar água, precisar do atendimento médico no posto de saúde, estudar em escola pública etc. Esta experiência é a maior prova de que sabemos as reais necessidades da população. É claro que vamos ter uma equipe técnica em nossas secretarias, realizando os projetos e executando as ações. Vamos trabalhar, governar para o povo. Nada de historinhas, conversa fiada.

OSG - Qual será a primeira medida a ser tomada em 1º de janeiro, caso seja eleito?

DEJORGE - Vamos começar a governar na próxima segunda-feira. Não vamos esperar janeiro. Vamos montar nossa equipe de transição e fazer um levantamento geral de como está a situação da prefeitura. Neste período também vamos conversar com os governos federal e estadual, nossos deputados e senadores, iniciativa privada. Vamos arregaçar as mangas e renovar São Gonçalo.

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