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‘São Gonçalo necessita de de um bom administrador’

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de agosto de 2016 - 12:00
Imagem ilustrativa da imagem ‘São Gonçalo necessita de de um bom administrador’

O administrador e vereador Diego São Paio, 34 anos, é o candidato da Rede Sustentabilidade à Prefeitura de São Gonçalo. Entre suas principais propostas, o morador do Colubandê, enfatiza a necessidade de uma administração pública profissional. “Nossa candidatura é pautada pela experiência que a cidade precisa. Vamos compor o governo com especialistas e técnicos em todas as áreas e ouvir o cidadão. Um governo que não dialoga com a população não será capaz de atender às necessidades dos gonçalenses”, destaca Diego.

O SÃO GONÇALO - O senhor é o candidato mais novo dessas eleições. Como pretende convencer os eleitores de que isto não representa falta de experiência?

DIEGO SÃO PAIO - Os políticos ditos ‘experientes’ deixaram São Gonçalo nas condições atuais. Experiência não tem relação obrigatória com a idade. São vários os tipos de experiência. E a população já sabe quais tipos de experiência evitar. São Gonçalo está cansada das mesmas figuras, das promessas vazias que não saem do papel e de governos que não sabem administrar os recursos, desperdiçando os impostos que o cidadão paga com tanto sacrifício. Nossa candidatura é pautada pela experiência que a cidade precisa: compor o governo com especialistas e técnicos em todas as áreas e ouvir o cidadão. Um governo que não dialoga com a população não será capaz de atender às necessidades dos gonçalenses. Um hospital precisa de um bom médico, uma escola precisa de um bom professor, e São Gonçalo precisa de um bom administrador.

OSG - Qual a análise que o senhor faz de seus principais adversários?

DIEGO - Se eu enxergasse uma proposta séria na qual votar, não teria me candidatado. Faltam lideranças ‘ficha limpa’ e projetos consistentes, que entendam o planejamento das ações como parte essencial de um governo. O ‘troca-troca’ de alianças já demonstrou que, para alguns, vale o jogo do poder pelo poder, e não o que é melhor para São Gonçalo. Precisamos de menos ‘politicagem’ e mais trabalho. As pesquisas têm demonstrado que existe um empate técnico entre os candidatos e uma rejeição altíssima do atual prefeito. Temos todas as ferramentas para fazer uma mudança histórica em São Gonçalo.

OSG - Quais seriam suas prioridades, caso seja eleito?

DIEGO - O sucesso de todas as áreas depende de uma administração pública profissional. Vamos equipar os postos de saúde para desafogar os Prontos Socorros. Hoje o morador leva três, quatro meses para conseguir marcar um exame simples. Isso acontece porque os pedidos chegam em papel ao PSF e há apenas três funcionários responsáveis pelo processo. O Luiz Palmier vive lotado porque as unidades dos bairros não têm serviços básicos como ginecologia e cardiologia. Na educação é urgente ampliar as vagas de creche. Temos bairros populosos, como Jóquei e Sacramento, em que as mães precisam deixar as crianças com vizinhos para poder trabalhar. Além de construir novas unidades, podemos regularizar as creches que já funcionam nos bairros. Vamos implantar o ensino integral de forma gradual, para que o aluno tenha acesso à cultura e ao esporte. As ruas sem asfalto e o esgoto a céu aberto precisam se tornar passado em São Gonçalo. A população está cansada de ir até a Prefeitura reivindicar obra e ver que a rua em questão consta como pavimentada. Vamos promover um choque de infraestrutura e urbanização, com parcerias público-privadas que mudem para coleta de lixo, pavimentação, iluminação pública e combate a enchentes, além de reivindicar melhores serviços de água e esgoto à Cedae. A Prefeitura também precisa assumir sua responsabilidade sobre a segurança pública, reivindicando investimentos junto ao governo estadual. Temos um efetivo de apenas 570 policiais para uma cidade de mais de um milhão de habitantes, enquanto a UPP do Alemão tem 320 para 15 mil moradores. Também temos que valorizar a Guarda Municipal, com uma sede própria e um efetivo de pelo menos 500 servidores, e garantir um serviço de iluminação pública que realmente funcione.

OSG - O que traz da experiência como vereador para a disputa pelo Executivo?

DIEGO - Produzimos muito. São mais de 200 projetos de lei apresentados e 21 leis sancionadas, com foco na saúde, educação, inclusão social, além de centenas de requerimentos por reparos nos bairros. Esse compromisso nos consagrou como o mandato que mais apresentou projetos na história de São Gonçalo. Minha primeira proposta, por exemplo, criou a TV Câmara, que permite ao cidadão acompanhar as sessões plenárias pela internet. Também denunciamos à população e ao Ministério Público diversos casos de desperdício de dinheiro público por parte do atual prefeito, como os contratos da merenda escolar que ficaram conhecidos pela dúzia de ovos a R$10 e a perda dos complexos (CEUs) em Neves e no Colubandê. Após as denúncias em audiência pública em maio, a Prefeitura reduziu o contrato em R$4 milhões.

OSG - As últimas pesquisas apontam um empate técnico entre o atual prefeito e outros dois candidatos. A Rede Sustentabilidade optou por não trazer coligação na majoritária. Caso o senhor passe para um segundo turno, há possibilidade de se estabelecer alianças?

DIEGO - Fomos muito procurados até o dia da nossa convenção partidária, mas entendemos que a chapa única era o caminho ideal. Estamos muito focados na nossa campanha, em engajar a população a canalizar essa indignação com o quadro de abandono da cidade para a construção de boas propostas. Nossa maior aliança é com o gonçalense.

OSG - O senhor sempre destacou a necessidade de uma ‘gestão profissional e administrativa’, como implantar esse modelo de gestão tendo que satisfazer acordos políticos?

DIEGO - Vamos governar com o quadro técnico, profissionais mais capacitados para cada função. Temos muitos gonçalenses de talento que já trabalham pela cidade. Isso não exclui o diálogo com outras frentes, a governabilidade. Mesmo sendo oposição, ao longo de todo o meu mandato, conseguimos aprovar muitas propostas a partir do diálogo com os vereadores da situação. E tenho certeza que haverá pessoas sérias que vão cooperar com nosso projeto, ainda que em outros partidos. Nossa proposta é de diálogo, colocando a cidade e seus interesses acima de questões individuais ou partidárias.

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