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Lula briga por metalúrgicos

Ex-presidente participa de manifestação de trabalhadores demitidos de estaleiros em Niterói

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de agosto de 2016 - 12:00
Ex-presidente Lula esteve em manifestação de metalúrgicos em Ponta da Areia na manhã de ontem
Ex-presidente Lula esteve em manifestação de metalúrgicos em Ponta da Areia na manhã de ontem -

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) juntou-se a cerca de quatro mil metalúrgicos, na manhã de ontem, e participou de um protesto ao não pagamento das indenizações de aproximadamente 3,3 mil trabalhadores, demitidos em julho de 2015, pelo Estaleiro Mauá. A manifestação aconteceu em frente a sede da empresa, em Ponta D’areia, Niterói, e tinha o objetivo, também, de exaltar a importância da indústria naval e da Petrobras para a economia nacional.

O manifesto contou com a participação da Federação Única dos Petroleiros, Confederação Nacional dos Metalúrgicos e da Central Única dos Trabalhadores, além de algumas personalidades, como os deputados federais Wadih Damous e Benedita da Silva, ambos do PT. Em discurso, o ex-presidente Lula criticou as ações da Operação Lava Jato e afirmou que o trabalhador não pode pagar pelos erros cometidos pelos políticos.

“Todos que estão aqui hoje, não têm nada contra apuração e investigação sobre roubos na Petrobras. Os que roubaram têm de ir presos mesmo. O que não pode é prejudicar inocente. Tem gente que pegou dinheiro, fez delação e está em liberdade. O trabalhador humilde não pode pagar o preço. Caindo a Petrobras, cairão milhares de pequenas e médias indústrias e o desemprego aumentará”, disse.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Édson Rocha, também citou a operação como a causadora de milhares de demissões. “A indústria naval está sendo desmontada e ninguém está fazendo nada. Niterói está sendo uma das cidades mais prejudicadas. Ao invés de condenar os empresários, estão condenando o CNPJ e isso acarretou essas diversas demissões”, contou.

Vítima da crise financeira, o soldador Leonardo dos Santos, 45, é um dos trabalhadores demitidos do Mauá que não receberam a indenização. Segundo ele, a única coisa que ganhou foi a carta de demissão. “Desde que saí, no ano passado, não recebi nada. Hoje, estou vivendo de bicos, mas não consigo o suficiente nem para pagar a pensão da minha filha”, desabafou.

Dados do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói apontam que 13 mil trabalhadores foram demitidos e cinco estaleiros, de 10 em funcionamento, foram fechados na região.

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