Líder do tráfico é liberado para visitar a família após ter habeas corpus negado

Por Thuany Dossares

Moradores da região de Santa Rosa e São Francisco, na Zona Sul de Niterói, foram despertados com uma grande quantidade de tiros e fogos na manhã do feriado de quinta-feira, Dia de Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. Mas as homenagens não eram para a santa.

O homenageado da vez, com festas que duraram o dia todo em comunidades da região, dominadas por traficantes do Comando Vermelho (CV), era Marcos Patrick da Silva Aquino, 25, o Tiquinho.

Preso desde novembro de 2015 após perder uma das mãos ao tentar jogar uma granada contra policiais do 12ºBPM (Niterói), no Complexo do Viradouro, em Santa Rosa, Tiquinho, apontado pela polícia como ‘chefe’ do tráfico na favela, foi liberado através de autorização da Justiça para visitar a família no último dia 29 de setembro.

A decisão contrapôs um habeas corpus negado três dias antes, pelo desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

De acordo com a polícia, até ser preso, Tiquinho havia assumido o controle do tráfico no conjunto de favelas de Santa Rosa, após a prisão de Joselton Pereira da Silva, 25, o Pit, em setembro de 2015.

Por ser um dos homens de confiança de Pit, caso não retorne para a prisão, policiais que acompanham o caso, acreditam que Tiquinho possivelmente retomará a sua liderança no tráfico de drogas da região. Segundo informações do Serviço de Inteligência (P-2) do 12ºBPM, ele teria passado o fim de semana no Morro da Grota do Surucucu. O traficante foi recebido com salva de tiros e uma grande festa no Morro da Grota, em São Francisco.