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Assalto ousado transforma Barro Vermelho em ‘praça de guerra’

Três vigilantes ficaram feridos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de agosto de 2017 - 07:30
O tiroteio aconteceu quando os bandidos se aproximaram dos vigilantes armados com fuzis
O tiroteio aconteceu quando os bandidos se aproximaram dos vigilantes armados com fuzis -

Por Marcela Freitas

Três vigilantes de uma transportadora de valores ficaram feridos, na manhã de ontem, durante um assalto ao carro forte da empresa. Os homens abasteciam o caixa 24 horas em uma padaria na Rua Lucio Tomé Feiteira como José Borges, no Barro Vermelho, quando foram surpreendidos por pelos menos cinco criminosos, que chegaram em dois carros, sendo um deles um Renault Fluence, de cor preta.

De acordo com testemunhas, um dos vigilantes estava abastecendo o caixa, enquanto outros dois homens que estavam na escolta, notaram aproximação de dois suspeitos armados com fuzis que estavam a pé. Os vigilantes reagiram e houve um intenso confronto. Mas de 40 tiros foram disparados, levando pânico à população. Carros estacionados, paredes e a porta do estabelecimento ficaram com marcas do confronto.

Ainda segundo testemunhas, um malote teria sido levado e um dos criminosos também teria ficado ferido. Na fuga, eles roubaram ainda um Fiat Palio, de um prestador de serviços de TV a cabo que estava no local. O veiculo foi rastreado pelo GPS e segundo a polícia, foi deixado no Caju, no Rio de Janeiro, onde teria sido incinerado.

O técnico em instalação de TV, A.A, de 35 anos, disse que nasceu de novo. “Senti o tiro passando bem perto ao meu rosto. Na hora, sai do carro e me abriguei atrás do poste. O morador de uma casa me puxou pra dentro do imóvel e quando saí, vi que meu carro havia sido levado por eles. Levaram todos os meus pertences e celular, mas agradeço a Deus pelo livramento”, disse.

Um morador que estava no local disse que teria outros veículos e até motos dando cobertura. “Eram homens de grande porte e meia idade. Eles estavam todos de fuzis. Foram muitos tiros. Eu fiquei encurralado. Vi quando um deles que estava com o malote na mão, tomou um tiro. Parecia uma guerra”, contou.

Polícia tenta identificar os autores do ataque

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que está apurando se câmeras de vigilância do local pode ter gravado a ação. Até o final da tarde de ontem, o valor levado pelos criminosos ainda não havia sido revelado.

Paralisação - O presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores, Carro-Forte, Escolta Armada, Carro Leve e ATM do município do Rio de Janeiro e Regiões (Sindiforte), José Roberto Bezerra, disse que se a violência aumentar e se não forem criadas novas leis que tragam mais segurança aos profissionais, o sindicato vai paralisar toda a distribuição de valores no estado do Rio, como aconteceu em 1994. Na 6manhã de ontem, ele esteve na Clinica São José dos Lírios, no Zé Garoto, para onde os vigilantes feridos foram levados.

“Entre 1994 e 1995, tivemos 25 vigilantes mortos no Rio de Janeiro. Na época, reivindicávamos mais segurança. Ninguém nos ouvia e paramos então por 14 dias. Essa medida fez com que tivéssemos nossas reivindicações atendidas. Este ano, graças a Deus não temos mortos, mas já são seis feridos com o fato ocorrido hoje. Precisamos de mais segurança no desembarque e, isso inclui a utilização de armas com poder de fogo maior”, afirmou.

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