Idosa é baleada na saída de igreja em São Gonçalo

Por Renata Sena e Thuany Dossares

Policiais da 72ªDP (Mutuá) estão investigando a tentativa de assalto no bairro São Miguel, em São Gonçalo, na noite de terça-feira, que terminou com a idosa Maria da Conceição Silva Rosa, de 66 anos, baleada no abdômen.

Maria da Conceição havia acabado de sair da Igreja Assembléia de Deus Betel, na Rua Doutor Nilo Peçanha, no mesmo bairro, e caminhava para casa, no Mutuá. Ao passar pela Avenida São Miguel, ela foi atingida por uma bala perdida, durante tiroteio entre um homem e ocupantes de um carro prata, que tentavam assaltar uma pizzaria, na altura do número 447, por volta das 21h30.

Os policiais estão buscando imagens de câmeras de segurança para tentar identificar quem seriam os ocupantes do veículo, além de ouvir testemunhas. A polícia apura a informação de que um cliente do estabelecimento teria reagido à ação dos ladrões e houve a troca de tiros.

A idosa foi socorrida por por uma ambulância do Corpo de Bombeiros para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat) e encontra-se internada em estado grave.

Uma mulher, que preferiu não se identificar e frequenta a mesma igreja da vítima, contou que Maria ainda correu um quarteirão buscando por socorro.

“Ela falava que estava ferida e pedia ajuda, até que não aguentou andar mais e caiu no chão. Eu ouvi os tiros, mas na hora não saí porque fiquei com medo. Logo depois que fui até o portão, a vi na esquina e entrei em estado de choque quando reconheci a Maria. Tentei acalmá-la e fiquei do lado dela até ser socorrida. Ela saiu daqui lúcida”, narrou.

Família - Mãe de três filhos, Maria já tem cinco netos. Carinhosa e muito preocupada com o próximo, segundo o filho Joel Silva Evaristo, de 45 anos, ela não tem hábito de andar na rua. “Eu a levo para a igreja, mas quando acaba o culto ela não espera que ninguém busque. Se despede dos amigos e vai para casa. Ela nunca gostou de ficar na rua e sempre alertou a gente sobre os perigos que era circular pelas ruas atualmente”, contou.

Ainda de acordo com Evaristo, a família não consegue apontar culpados nesse caso. “Estou estarrecido com a situação do nosso Rio de Janeiro. A nossa segurança pública precisa assumir o controle”, afirmou Evaristo.