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Preso após manter mulher em cárcere privado em São Gonçalo

O crime ocorreu na comunidade do Pica Pau

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de agosto de 2017 - 06:30
O pregador evangélico Átila Pinto de Azeredo foi preso em flagrante por policiais do 7ºBPM (SG)
O pregador evangélico Átila Pinto de Azeredo foi preso em flagrante por policiais do 7ºBPM (SG) -

Por Renata Sena

“Se não fosse Deus eu estaria morta. São Cinco meses vivendo nesse desespero e com medo dele. Mas nos últimos três dias, vivi presa dentro de casa, sendo estuprada, agredida e humilhada. O conheci dentro de uma igreja evangélica. Ele se aproveita para conquistar pessoas que estão mais fragilizadas e que ainda acreditam no amor”.

O relato emocionado é de uma vendedora, de 44 anos, que viveu três dias em cárcere privado, dentro de uma casa na comunidade do Pica Pau, no Jardim Catarina. Seu companheiro, um cantor e pregador evangélico, foi preso em flagrante na noite de segunda-feira, depois que a mulher conseguiu chamar a polícia.

De acordo com a vítima, ela era humilhada e estuprada. “Ele falava que mulher que não se humilhava, ele matava. E já foi preso por homicídio e realmente é capaz de matar. Estou com ele há um ano, mas enquanto não me levou para a casa dele, era um amor”, disse.

Após três dias de cárcere, a mulher lembrou que tinha um celular desativado. E foi o aparelho já fora de uso que ajudou em sua libertação. “Ele quebrou meu celular. Mas no terceiro dia presa, eu lembrei do aparelho. Liguei pra polícia e contei tudo. Foi Deus que me deu essa idéia”, lembrou.

Para chegar ao local, policiais do 7ºBPM (SG) trocaram tiros com criminosos que atuam no local. “Quando a PM chegou, ele tentou me coagir a dizer que estava tudo bem. Eu nunca pensei em passar por isso. Espero que todos fiquem cientes e que ele não saia da cadeia e repita isso com outras irmãs de outras igrejas. A gente pede um homem bom e satanás envia um troço desse”, concluiu.

A vítima e o acusado foram encaminhados para a central de flagrantes da 74ª DP (Alcântara), onde o caso foi registrado. Na delegacia, a mulher segurava suas roupas rasgadas, uma faca que o companheiro usou para ameaçá-la e bolsas de roupa. “Quando sair daqui, não sei o que fazer, nem por onde recomeçar. Ele feriu profundamente. E não foi só fisicamente”, finalizou.

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