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Família de travesti queimada quer justiça

O grupo Liberdade Santa Diversidade está acompanhando o caso e amanhã vai se encontrar com a delegada-titular da 74ª DP (Alcântara)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de julho de 2017 - 07:30
ONG de São Gonçalo está acompanhando de perto o caso de Jéssica
ONG de São Gonçalo está acompanhando de perto o caso de Jéssica -

“Nós queremos justiça”. Esse é o apelo da auxiliar de serviços gerais, Neide Francisca Pereira, de 53 anos, mãe da travesti Jéssica (Alef Pereira Barcelos, no registro civil), de 23 anos, que foi enforcada e teve 50% do corpo queimado por um homem, ainda não identificado, na madrugada de sexta-feira, em quarto de um hotel, em Alcântara, São Gonçalo.

O grupo Liberdade Santa Diversidade está acompanhando o caso e amanhã vai se encontrar com a delegada-titular da 74ª DP (Alcântara), onde o caso foi registrado. Representantes da ONG também estiverem ontem com a família da vítima no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, onde Jéssica está internada em estado grave. “Eu não consegui nem olhar para ela direito naquele estado. Fiquei sem chão, saí carregada do CTI. As pessoas podem não querer aceitar, mas são obrigadas a respeitar. Ela é um ser humano, tem família, não está sozinha não”, desabafou Neide.

Segundo o grupo Liberdade Santa Diversidade, 101 travestis e transexuais foram assassinadas no Brasil somente esse ano.

“Quando acontecem casos de transfobia, para mim como travesti é muito triste. Graça a Deus, Jéssica está viva. Para mudarmos esse quadro, precisamos de apoio das autoridades. Não podemos mudar o mundo sozinho, precisamos do apoio do poder público”, declarou a presidente do Grupo Liberdade Santa Diversidade, Stefani Brasil.

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