‘Barões do pó’ de SG e Niterói sem direito a sexo na cadeia

Depois de dois meses sem ter direito a visita íntima, 68 criminosos detidos em penitenciárias federais podem novamente perder o direito a momentos sexuais. Entre os homens que podem perder o benefício estão os traficantes Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, apontado como chefão do pó do complexo do Salgueiro, Tiago Rangel da Fonseca, o TH, acusado de integrar o tráfico do Jardim Catarina, ambos de São Gonçalo, e Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Moedinha, um dos líderes do tráfico de drogas da Favela do Sabão, em São Lourenço, Niterói.

O impasse sobre as visitas íntimas começou em maio quando o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) suspendeu por trinta dias todas as visitas íntimas nos quatro presídios federais do país. Em seguida, a medida foi prorrogada por mais trinta dias.

Contudo, o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, decidiu pelo retorno das visitas íntimas. Mas o governo federal já recorreu da decisão.

O juiz explicou que tirar o direito da visita seria fazer todos pagarem pelo erro de alguns. Até o momento, teoricamente, os 68 criminosos têm o direito de receber a visita, mas isso ainda não é garantia, já que o juiz federal que atua como corregedor de uma das unidades já negou o pedido de visita para 40 presos. Com essa divergência de decisão, a Advocacia Geral da União, que atua em nome do governo federal, terá que resolver o que fazer.

Dos 68 citados, o Rio de Janeiro é o ‘berço’ da maioria deles. Além de Rabicó, TH e Moedinha, outros nomes ‘famosos’ permanecem com a incerteza do benefício. Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D, e Luiz Cláudio Machado, conhecido como Marreta, são ligados à facção criminosa Comando Vermelho e possuíam, de acordo com a policia, grande influência no tráfico do Complexo do Caramujo, em Niterói.

Recentemente, em junho, um dos presos que podem perder o benefício da visita íntima, o TH, foi ligado a uma suposta briga entre lideranças do Comando Vermelho, no Rio. Na época, informações não confirmadas pela polícia, apontavam que o traficante Schumaker Antonácio do Rosário, de 32 anos, teria de devolver o controle de algumas comunidades da região do Jardim Catarina, em São Gonçalo, para o comparsa. Com o passar do tempo, no entanto, o caso não se confirmou.