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Arma usada para matar PM foi vendida por colega

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de julho de 2017 - 10:00
Subtenente Cláudio foi executado a tiros em um dos prédios do conjunto habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’, no Mundel, em São Gonçalo, em maio de 2016
Subtenente Cláudio foi executado a tiros em um dos prédios do conjunto habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’, no Mundel, em São Gonçalo, em maio de 2016 -

Por Gustavo Carvalho e Thuany Dossares

A arma usada para matar o subtenente da PM Cláudio Souza Santos, de 53 anos, no interior do condomínio ‘Minha Casa, Minha Vida’, no Mundel, em São Gonçalo, em maio do ano passado, foi vendida para traficantes por um colega de farda da vítima.

A informação foi descoberta por agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) durante as investigações da Operação Calabar - que revelou o envolvimento de 96 policiais militares com traficantes de São Gonçalo.

As investigações apontaram para estreita relação entre militares, à época lotados no 7ºBPM (São Gonçalo), e criminosos da Favela da Barreira, em Monjolos. Um deles negociou a venda de uma pistola calibre nove milímetros com Rodrigo Jaccoud, o Robozinho, chefe do tráfico da comunidade.

A arma foi apreendida com Felipe Santana de Araújo, o FP da Barreira, 24, menos de 24 horas após o assassinato de Cláudio. Com ele ainda foram encontradas outras três pistolas, sendo duas delas do subtenente.

Recordando - O subtenente PM foi assassinado no interior de um dos prédios do conjunto habitacional do ‘Minha Casa, Minha Vida’, no bairro Mundel, em São Gonçalo, em maio do ano passado.

De acordo com as investigações, Cláudio estava chegando à casa da namorada, na Rua Pereira Sampaio, quando foi abordado por três homens armados, que questionaram se ele era policial. O militar negou, mas os criminosos encontraram as armas em sua mochila e efetuaram três disparos contra a vítima, que morreu no local.

Operação Calabar - No último dia 29, agentes da Divisão de Homicídios e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagram a Operação Calabar, que revelou um esquema de cobrança de propinas a traficantes de São Gonçalo, que rendia cerca de R$ 1 milhão por mês aos militares.

Noventa e seis agentes, que foram lotados no 7ºBPM entre 2014 e 2016, são acusados de receberem dinheiro e outras vantagens dos bandidos para não atuarem em comunidades, além de venderem armas e drogas para os traficantes e até mesmo de garantir a segurança de alguns deles.

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