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Força Nacional em S. Gonçalo

Comandante faz mudanças operacionais no 7ºBPM, que terá auxílio de outras unidades

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de julho de 2017 - 10:00
Comandante do 7ºBPM (SG), Ruy França, quer resgatar autoestima da tropa e confiança da população
Comandante do 7ºBPM (SG), Ruy França, quer resgatar autoestima da tropa e confiança da população -

Por Thuany Dossares

Uma semana após a Operação Calabar - que terminou com 96 policiais militares presos acusados de envolvimento com traficantes de São Gonçalo, entre eles 41 lotados no 7ºBPM (São Gonçalo) - o comandante da unidade gonçalense, coronel Ruy França, anunciou mudanças para resgatar a imagem do batalhão, entre elas a reorganização das atividades de combate ao crime, tendo, inclusive, o apoio dos batalhões especiais.

“Vamos diminuir a força reativa para que a gente consiga priorizar mais a prevenção. A partir do momento que recebemos apoio do comando da corporação, nós vamos aumentar nossa ostensividade, a nossa visibilidade e a presença das nossas equipes nas ruas. Já tivemos a recomposição da nossa tropa com a chegada de 40 policiais que irão nos apoiar nas ações de prevenção, de forma que a população perceba a nossa presença na rua”, explicou.

Militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Ação com Cães (BAC) e do Batalhão de Polícia de Choque (BpChoque) estão em São Gonçalo para apoiar o 7ºBPM e atuar nas comunidades. Além disso, a partir da semana que vem, agentes da Força Nacional também chegam no município para reforçar a segurança.

Segundo o coronel França, essas mudanças já estavam previstas antes mesmo da operação. “Diante da crise, a gente tem que ver a oportunidade. Desde que a minha gestão chegou aqui, nos planejamos para cumprir metas de curto, médio e longo prazo, e, em razão do que aconteceu, estamos acelerando algumas coisas que já estavam no nosso planejamento. Nosso objetivo é conseguir equilibrar o efetivo entre as ações reativas e as de prevenção”, esclareceu.

Com a perda de 41 PMs que estavam lotados no batalhão gonçalense - entre eles policiais que já estavam detidos, reformados e internos - o comandante comentou a Operação Calabar.

“A operação foi importante e necessária, mas as investigações se tratam de um período anterior a minha gestão. Sei que posso acabar perdendo mais algum policial, já que as investigações ainda estão em andamento. Um dos motivos também de não focar o policiamento no interior das comunidades é de evitar novos casos de corrupção”, declarou.

Para o coronel França, um dos desafios, a partir de agora, é motivar a tropa e resgatar a confiança da população. “Temos muitos policiais sérios e honestos que estão aqui para cumprir o seu dever e proteger a população. Não podemos aceitar e nem vamos permitir o selo de batalhão do arrego, da propina, do crime, porque esse título não representa toda a tropa. Não vamos deixar que generalizem para manchar a imagem de todos. Só temos uma forma de resgatar a confiança das pessoas, e é com trabalho, muito trabalho”, afirmou”, finalizou.

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