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Último policial procurado na Operação Calabar se entrega

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de julho de 2017 - 08:30
A Operação Calabar foi a maior ação realizada no Estado do Rio contra policiais ligados a traficantes
A Operação Calabar foi a maior ação realizada no Estado do Rio contra policiais ligados a traficantes -

Por Renata Sena

Todos os 96 policiais militares acusados de corrupção passiva e organização criminosa, investigados na Operação Calabar, a maior do gênero no Estado, já estão presos. O último policial a se entregar foi o subtenente Paulo Roberto Campos, o ‘Sub Campos’, que teve os mandados cumpridos, na manhã de ontem, na sede da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.

Campos, de acordo com as investigações, atuava no Grupamento de Ações Táticas (Gat) identificado pelos criminosos como ‘Gat FantasmaII’. Conforme a delação de um dos informantes (X-9) era Campos que coordenava, junto com um sargento da equipe, todas as negociações com os traficantes que pagavam o ‘arrego’ aos policiais.

Com a propina paga, os traficantes podiam realizar bailes funks e vender drogas tranquilamente, já que as ações policiais nas comunidades ‘arregadas’ eram minimizadas ou até mesmo canceladas.

Além de Campos, outros 95 policiais militares foram presos por causa da Operação Calabar, deflagrada por agentes da Divisão de Homicídios e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Considerada a maior operação do Estado a investigar e identificar policiais envolvidos com traficantes, a Calabar interceptou mais de 200 mil ligações telefônicas, onde policiais militares, informantes e traficantes, negociavam valores de propina, horário para encontros e até mesmo ações, que chocaram a própria instituição.

Em uma ligação, um PM manda que traficantes vão para rua roubar, para garantir o valor do ‘arrego’. “Parceiro, bota alguém para poder roubar alguma coisa na rua, tá ligado, para cobrir esse quinto real dos P2, parceiro. Solta esses pit bulls tudo pela rua aí, parceiro”.

Em outra conversa, policiais contam que assumiram uma boca de fumo, roubaram os traficantes e venderam drogas com desconto.

Foragidos – A operação também tinha como alvos informantes da polícia e traficantes de São Gonçalo. Desses, 53 traficantes e dois informantes, responsáveis pelo recolhimento do ‘arrego’ ainda estão foragidos.

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