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Policial civil mata os sogros a tiros e se suicida em Niterói

Atirador planejou crime e usou duas armas para executar casal dentro da casa deles no Fonseca

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de junho de 2017 - 09:30
Luciana, que estava em processo de separação do marido, voltava da Defensoria Pública quando viu o marido armado com a filha no colo.
Luciana, que estava em processo de separação do marido, voltava da Defensoria Pública quando viu o marido armado com a filha no colo. -

A tranqüila Rua Airosa Galvão, no Fonseca, na Zona Norte de Niterói, foi palco de uma tragédia na manhã de ontem. O inspetor da Polícia Civil, Marcelo Flávio Camardella Bravo, 41, lotado na 24ªDP (Piedade), matou os sogros a tiros e depois se suicidou, dentro da casa do casal. A esposa, de quem o policial estava separado há oito meses, também foi agredida a coronhadas. A filha deles, de 4 anos, assistiu tudo.

De acordo com testemunhas, o policial teria planejado o crime. Armado com uma pistola .40, Marcelo chegou à casa do sogros por volta de 11h30, sabendo que só eles e sua filha pequena estavam no local.

A primeira vítima do policial teria sido a sogra dele, Diana Rocha, 64, que estava na varanda. Depois, o inspetor entrou na casa e atingiu o sogro João Carlos Rocha, 63, que foi candidato a vereador pelo PMN, em Niterói nas eleições de 2016.

Novos tiros - Após descarregar a pistola nos sogros, Marcelo foi até sua casa, na Travessa Alice Galvão, que fica nas proximidades, onde teria pegado uma segunda arma, um revólver calibre 38. Em seguida, voltou ao local do crime e, com a filha de apenas quatro anos no colo, atirou novamente contra os sogros, que ainda estavam vivos. Avisada por vizinhos, a mulher dele, que voltava da Defensoria Pública, onde havia ido dar entrada no divórcio, chegou no momento em que Marcelo tentava fugir com a filha no colo, e acabou sendo agredida a coronhadas. Mesmo ferida, Luciana conseguiu se esconder no banheiro.

Com o barulho de tiros, vizinhos acionaram policiais do 12ºBPM (Niterói). Ao perceber que a casa estava cercada, Marcelo atirou da varanda para tentar afastar os PMs, e entrou novamente na residência, onde se matou com um tiro na própria cabeça.

De acordo com os PMs, antes de se matar, Marcelo teria gritado que só sairia morto. Ele e Luciana estavam separados há pouco tempo, por conta de agressões dele.

Carreira - Segundo as investigações, ele foi agente penitenciário federal concursado de 2011 a 2013, mas foi demitido por improbidade administrativa. A DHNISG informou que na ficha funcional dele constava diagnóstico de transtorno bipolar, e que Marcelo era readaptado pela psiquiatria. Familiares e amigos relataram que Marcelo enfrentava problemas financeiros.

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