Mototaxista é morto durante ação da PM e família protesta em enterro

“Era pra ser mais um dia normal de trabalho para o meu filho”, contou o vigilante Célio José Diniz, 49 anos, pai do mototaxista, Richard Diniz Dias, de 26 anos, baleado e morto durante uma troca de tiros entre policiais do 7ºBPM (São Gonçalo) e traficantes, na última quarta-feira, no Porto do Rosa.

De acordo com testemunhas, o caso aconteceu por volta de 12h, quando os policiais entraram na comunidade, numa operação de combate ao tráfico de drogas, quando o rapaz foi baleado. Familiares afirmam que no momento, não havia troca de tiros e Richard teria sido confundido com um traficante. O colete que a vítima usava, que o identificava como mototaxista, também foi encontrado com uma perfuração, jogado num valão próximo.

Atingido por um tiro no peito, Richard foi socorrido e encaminhado para Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, onde não resistiu aos ferimentos.

“Eu fui impedido de acompanhar o meu filho na ambulância. Ele trabalhava há dois anos como mototaxista e nunca tinha passado nada parecido”, lamentou o pai de Richard.

No dia do crime, houve um protesto, realizado por amigos de profissão, em frente à Prefeitura de São Gonçalo, com a presença de um comboio de mototaxistas que pediam Justiça pela morte do rapaz.

O sepultamento de Richard aconteceu na tarde de ontem, no Cemitério de São Miguel, no centro de São Gonçalo e foi marcado pela presença de familiares e amigos de sua mesma profissão.

Registro - O caso foi registrado na 72ªDP (Mútua) e, de acordo com a declaração dos policiais militares, no dia da operação, não há dúvida quanto a participação do jovem no confronto.