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Polícia prende ‘playboys’ do tráfico em área nobre

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de junho de 2017 - 09:30
Os dois jovens confessaram que apanhavam as drogas na Favela Nova Holanda, no Rio de Janeiro
Os dois jovens confessaram que apanhavam as drogas na Favela Nova Holanda, no Rio de Janeiro -

Por Renata Sena

Dois jovens de classe média alta foram presos com ecstasy, maconha, um pé da mesma droga e um simulacro de revólver, dentro de casa, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. As casas de luxo e o ambiente social que os jovens frequentavam diferem da realidade vivida pelos traficantes que vivem dentro de comunidades. Mas não só isso distancia as duas realidades: a droga comercializada por eles e a forma de venda, também.

Ao contrário de muitos criminosos que ficam em bocas de fumo, em área de intensos confrontos esperando pelos usuários, os cunhados Raphael Vieira Emmerick de Souza, de 20 anos, e Lucas Cabral de França Moreira, de 18 anos, iam ao encontro de seus clientes em boates caras, em locais de luxo, e não despertavam a atenção de quem convivia com eles.

Policiais do Serviço de Inteligência (P-2) do 12ºBPM (Niterói) chegaram aos jovens depois de receberem denúncias sobre o que acontecia numa casa de luxo, na Rua 78, no Loteamento Maravista, em Itaipu.

Na casa de um dos jovens, os policiais encontraram 79 ‘balas’ de ecstasy e um tablete de maconha. Na residência do outro acusado, os policiais encontraram um simulacro de revólver e um pé de maconha.

Aos policiais, os jovens confessaram pegar as drogas na Nova Holanda, no Rio, e revenderem para os amigos em ‘noitadas’ de Niterói. Quando questionados pela equipe de reportagem do OSG sobre os lucros com o tráfico, eles foram veementes na resposta. “Não precisamos disso. A gente só revendia para os amigos mesmos. Compramos no Rio por R$ 13, e vendemos aqui por R$ 15, no máximo R$ 20. Era só para os amigos mesmo. A gente não precisava passar por isso”, informou Raphael, que quando menor de idade já foi apreendido por tráfico de drogas.

Apesar de atuarem de forma diferente da maioria dos traficantes, os acusados tinham consciência que estavam traficando. “A gente ia buscar para os amigos. Sabíamos que estávamos correndo risco. Agora não quero nunca mais saber disso”, disse Lucas.

A dupla e o material apreendido foram encaminhados para a Central de Flagrantes da 76ªDP (Centro) onde foram autuados por tráfico de drogas.

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