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Pistoleiros teriam executado coronel para ‘Máfia do Fuspom’

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de junho de 2017 - 09:00
O carro em que o coronel Ivanir estava foi atingido por vários disparos em plena luz do dia
O carro em que o coronel Ivanir estava foi atingido por vários disparos em plena luz do dia -

Por Thiago Soares e Sérgio Soares

Ocorrida há dez meses no Centro de Maricá, a morte do coronel da Polícia Militar Ivanir Linhares Fernandes Filho, de 49 anos, pode estar relacionada a um dos maiores escândalos ocorridos na corporação: o desvio de recursos do Fundo de Saúde (Fuspom), cujos acusados foram descobertos e presos, graças a uma investigação da polícia e do Ministério Público.

Ivanir era um dos juízes que participava do julgamento de dois dos três processos desse caso na Auditoria de Justiça Militar, quando foi executado com vários tiros, em plena luz do dia, no Centro de Maricá, no dia 31 de agosto de 2016.

As investigações da Divisão de Homicídios da Polícia Civil tentam estabelecer ligações do crime com onze oficiais da PM investigados na chamada ‘Máfia do Fuspom’, que mesmo presos na época do assassinato de Ivanir, teriam conseguido contratar três pistoleiros para fazer a execução do oficial, que na época, também era o subcomandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CAP) da PM, unidade que administra unidades operacionais da corporação no interior.

O crime - Ivanir estava em uma viatura administrativa da PM com o sargento Luiz Cláudio Carvalho da Silva, de 44, que foi atingido oito vezes, mas conseguiu sobreviver. Imagens captadas por câmeras próximo ao local do crime recolhidas pela Delegacia de Homicídios mostram que Linhares foi emboscado por pelos criminosos num Jeep Renegade. Um deles desceu do veículo e fez 17 disparos.

O sargento conseguiu reagir aos tiros disparados pelos atiradores. A polícia também considera que pode ter havido um latrocínio — roubo seguido de morte. Um mês após o crime, equipes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) encontraram no Morro do Castro, em Tenente Jardim, na divisa entre Niterói e São Gonçalo, a carcaça de um carro que seria o veículo usados pelos criminosos, que nunca foram presos.

Os integrantes da ‘Máfia do Fuspom’ teriam autorizado a compra de 75 mil litros de ácido peracético — que esteriliza material cirúrgico — no valor de R$ 4,4 milhões, para o Hospital Central da PM, sem que o material nunca fosse entregue. O grupo também teria se beneficiado com a aquisição irregular de 200 aparelhos de ar-condicionado.

Procurado - O Portal dos Procurados divulgou cartaz com recompensa de R$ 1 mil por dados que levem a prisão de Temístocles Tomé da Silva Neto, que integraria a ‘Mafia do Fuspom’ e se encontra foragido. Informações pode ser passadas pelo tel (21) 2253-1177.

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