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DH identifica dois acusados de matar radialista no Ingá

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de maio de 2017 - 09:30
Corpo de Rafael foi sepultado no Cemitério no Parque da Colina, em Pendotiba, ontem pela manhã
Corpo de Rafael foi sepultado no Cemitério no Parque da Colina, em Pendotiba, ontem pela manhã -

Por Thiago Soares

Menos de 24h depois do assassinato do radialista e produtor cultural Rafael Lage Pereira, de 40 anos, no Ingá, em Niterói, policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG) já identificaram dois suspeitos de terem participado do crime. A polícia já solicitou à Justiça o mandado de prisão temporária dos acusados. Na tarde de ontem, o corpo da vítima foi sepultado no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba.

De acordo com o delegado Allan Duarte, responsável pelas investigações, imagens de câmeras de segurança de locais próximos de onde ocorreu o crime já foram recolhidas, possibilitando fazer o reconhecimento dos suspeitos. Além disso, duas pessoas já foram ouvidas na delegacia.

“Sabemos que, pelo menos, quatro pessoas participaram do crime. Dois deles já conseguimos identificar. Estamos analisando imagens e tentando ouvir pessoas que estavam no bar para ajudar nas investigações”, explicou Duarte.

Para identificar os outros dois suspeitos, agentes da DH estão analisando imagens de câmeras de monitoramento do trânsito para traçar o caminho que os assaltantes fizeram durante a fuga. “Já reconhecemos o veículo que eles estavam. Agora precisamos rastrear todo caminho que eles fizeram e descobrir de onde são”, acrescentou o delegado.

A participação do dono do veículo usado no roubo, que seria um motorista de Uber, foi descartado pela polícia. Ele também foi vítima dos assaltantes e só conseguiu fugir quando Rafael foi baleado.

“A princípio, ele também é considerado vítima. Ele foi cogido a conduzir os bandidos até o local do crime”, concluiu.

Despedida - Cerca de 300 pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam o sepultamento do corpo produtor, na tarde de ontem, no Cemitério Parque da Colina. Um protesto contra o crime está sendo preparado para hoje, na Praia de Icaraí.

Sob forte emoção, o pai e a irmã da vítima preferiram não falar sobre o caso. Já uma amiga de Rafael, a jornalista Viviane Rocha, de 40 anos, criticou a segurança no município de Niterói. “Precisamos de todos unidos em memória do Rafael. Aquela rua onde aconteceu essa tragédia é muito perigosa, conhecida como ‘Rua do Perdeu’. Niterói, que era chamada de cidade sorriso, agora também é uma cidade que chora”, disse.

Organizado por amigos de Rafael e pela ONG Rio de Paz, um protesto contra a violência está marcado para acontecer hoje, em Icaraí. “Vamos todos nos vestir de preto e fazer uma concentração em frente à reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF). A partir das 18h seguiremos caminhando”, concluiu.

Crime - Rafael foi morto na noite de domingo, durante tentativa de assalto a um bar, no Ingá. De acordo com a polícia, quatro criminosos abordaram um motorista de Uber, no Largo da Batalha, Zona Norte da cidade, e seguiram para o Ingá realizando arrastões pelos comércios em que passavam.

Na Rua Visconde de Morais, os bandidos desceram do veículo, um Sandero, e realizaram um assalto em frente ao bar em que Rafael estava. Após fazer um movimento brusco, o radialista acabou sendo atingido por um tiro no peito. Ele ainda foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, mas não resistiu.

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