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Jovem é estuprada por taxista durante corrida em Niterói

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de maio de 2017 - 09:30
Faxineira, de 22 anos, também foi agredida e atropelada
Faxineira, de 22 anos, também foi agredida e atropelada -

Por Renata Sena

Era pra ser um trajeto de cinco minutos dentro de um táxi, mas a noite do dia 22 de abril e a corrida que durou quase trinta minutos, nunca mais vão sair da memória de uma faxineira, de 22 anos, moradora de São Gonçalo. A jovem foi estuprada, ameaçada de morte e agredida pelo próprio taxista.

Os momentos de terror começaram quando o agressor - que é branco, alto e usa cavanhaque - desviou do caminho indicado pela vítima, que pegou o táxi em Maria Paula, São Gonçalo.

“Ele estava parado próximo e eu perguntei se ele estava trabalhando. Ele confirmou e disse que cobrava R$ 15 para me levar até uma pizzaria no Campo Novo. Paguei antecipado, como ele pediu, e ele parou para abastecer, mas colocou somente R$ 5 de etanol e seguiu pelo caminho errado. No início, ele fingiu que estava perdido e chegou a me pedir desculpas. Só que eu comecei a ficar com medo e liguei para meu amigo. Ele rodou pelo Baldeador e passou nos acessos ao Caramujo, em Niterói. Na volta, ele se transformou”, recorda.

Cansado de fingir estar perdido, o taxista tomou o celular da mão da passageira, pediu todo o seu dinheiro e passou a agredi-la, com golpes de chave de fenda. “Ele dirigiu até a Florália, no Sapê, e eu fui no caminho tentando gritar, pedir ajuda. Eu buzinei muito, mas como os vidros estavam fechados ninguém me viu”, disse.

O taxista parou sob algumas árvores, na parte escura da estrada, e iniciou a série de agressões: físicas e sexuais. “Ele bateu diversas vezes minha cabeça contra o painel do carro, e rasgou minha roupa, para conseguir o que queria. Eu continuei buzinando o tempo todo. Com isso, um motociclista que passou no local percebeu algo estranho e jogou o farol na nossa direção. Ele se assustou e me empurrou do carro”, contou.

Contudo, na fuga, o criminoso ainda passou com o pneu do veículo no pé da menina, que foi amparada pelo motociclista.

“Eu deixei de pegar mototáxi, pois achei que pudesse ser perigoso. Peguei o táxi, de cooperativa, e mesmo assim sofri essa barbaridade”, lamentou a vítima, que tomou coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis e permanece com o pé engessado por causa da fratura causada no atropelamento.

O caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, que apura o caso.

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