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Major vai responder por abuso de autoridade após agressão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de fevereiro de 2017 - 09:00
Todas foram encaminhadas para a delegacia do Mutuá
Todas foram encaminhadas para a delegacia do Mutuá -

Por Renata Sena

No sexto dia de protesto em frente aos batalhões da PM, oficiais do 7ºBPM (São Gonçalo) utilizaram a força para retirar familiares da porta da unidade. Na ação, quatro mulheres foram detidas e acabaram feridas. Um policial, identificado como major Ramos, foi autuado por abuso de autoridade. Ele aparece num vídeo divulgado na internet aplicando uma ‘gravata’ numa mulher. Outro PM, que tentou defender a esposa das agressões, acabou preso administrativamente.

Em poucos minutos, vídeos do tumulto ganharam as redes sociais. “Eles disseram que a gente ia sair nem que fosse à força. E eles foram pra cima, pra fazer isso mesmo. Éramos cerca de 15 mulheres contra mais de 50 homens. Quebraram nossas coisas, jogaram tudo no chão e não respeitaram. Uma menina grávida foi agredida na cabeça, eu estou com o braço machucado. Fomos tratadas de uma forma que nem bandido deve ser tratado”, desabafou uma das manifestantes.

Em um dos vídeos, gravado durante a confusão, o major Ramos aplica um golpe conhecido como ‘gravata’ e arrasta uma mulher para dentro da viatura. Assustadas, as mulheres começam a chorar e tentam impedir que ela fosse colocada na caçamba da viatura.

“Não somos bandidos pra andar aí atrás. Socorro”, grita uma delas, que por precaução prefere não se identificar.

Todas foram conduzidas para a 72ªDP (Mutuá), onde prestaram depoimento e foram liberadas, depois de serem autuadas por perturbação do trabalho e desacato.

Já o major Ramos, que fazia a condução das mulheres, também precisou dar esclarecimentos e acabou autuado pelo crime de abuso de autoridade.

“O que eles fizeram com a gente, não se faz com ninguém. Estamos lutando do mesmo lado. Mas esses aí parecem não fazer parte da mesma polícia que meu marido faz. Se ele faz isso com a esposa dos amigos, imaginem o que ele não faz com a família dele em casa? É desumano”, encerrou, emocionada, uma das mulheres conduzidas para a delegacia.

Até o fechamento desta edição, OSG não recebeu uma posição da PM sobre o caso.

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