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DH investiga de onde partiu o disparo que matou jovem

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de fevereiro de 2017 - 09:30
Imagem ilustrativa da imagem DH investiga de onde partiu o disparo que matou jovem

Por Thiago Soares

“Um jovem promissor, que tinha sonhos como qualquer outro”. Essa foi uma das poucas palavras que Luiz Carlos da Conceição, de 44 anos, pai de Carlos Adriano Coutinho da Conceição, de 18 anos, conseguiu falar durante o velório do filho, ontem, no Cemitério do Maruí, no Barreto, Niterói.

O jovem foi morto, na manhã de terça-feira, durante uma operação da PM no Complexo do Caramujo, Zona Norte do município. Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG) investigam de onde partiu o disparo que matou o lavador de carros.

Velado na Capela D, às 10h, o corpo de Carlos foi sepultado às 14h no cemitério municipal. O cortejo foi acompanhado por cerca de 150 pessoas. Um ônibus foi usado para levar amigos e familiares até o local. Sonhador, Carlos Adriano iria começar uma nova vida no próximo sábado. Namorando há dois anos, ele passaria a morar com sua companheira, Rayssa Piedade, de 17 anos, no endereço próximo de onde acabou perdendo sua vida.

“Nós começaríamos a morar juntos no sábado em frente do lugar onde levou os tiros. Ele estava construindo uma casa no Laranjal, em São Gonçalo, para onde nos mudaríamos em seguida”, comentou a jovem.

Trabalhando há 15 dias num lava-jato, foi esperando os amigos de profissão, Marllon Boutto, de 29 anos, e Josias Alves, de 27, que Carlos acabou alvejado. De acordo com um dos rapazes, aquela calçada era o ponto de encontro diário do trio, que trabalhava no mesmo local. “Todo dia a gente se encontrava naquele lugar. Ele era o que chegava mais cedo. Quando alguém atrasava, era naquela calçada que a gente se encontrava, e ontem ele estava nos esperando”, recordou Marllon.

Tia de Carlos, Carmen da Conceição, 40, disse que quer saber quem disparou o tiro que matou seu sobrinho. “Era tudo que eu queria neste momento: justiça. Meu sobrinho estava sentado, com a mochila nas costas, pronto para trabalhar. Ele não reagiu, não fez nada”, desabafou, enquanto era consolada por familiares.

Caso - Funcionário de um lava-jato no Centro de Niterói, Carlos Adriano morreu após ser baleado durante uma troca de tiros entre PMs e traficantes do Caramujo. Por conta da morte do jovem, cerca de 200 moradores da comunidade realizaram uma manifestação, ontem, e fecharam os dois sentidos da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), na entrada do bairro. O rapaz havia começado a trabalhar num lava-jato há 15 dias e receberia seu primeiro salário no próximo 10.

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