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Proprietária de escola em S. Gonçalo é morta a tiros

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de janeiro de 2017 - 09:30
Rosemary havia acabado de chegar na instituição de ensino quando foi abordada por motoqueiros
Rosemary havia acabado de chegar na instituição de ensino quando foi abordada por motoqueiros -

Por Thuany Dossares

A pedagoga Rosemary de Souza Pinto, carinhosamente chamada de Rose, de 52 anos, foi assassinada na manhã de ontem, na porta do colégio da família, em Marambaia, São Gonçalo, onde era coordenadora. O crime foi cometido por dois ocupantes de uma moto, por volta das 8h30, na Rua da Liberdade.

Rose havia chegado há cerca de 30 minutos na Escola de Ensino Fundamental (Edef) e já estava saindo para ir num monte com uma amiga para fazer orações pelo ano letivo, que começa no próximo mês. Enquanto aguardava a mulher no portão do colégio, conversando com duas funcionárias, dois homens chegaram numa moto perguntando pela dona da instituição de ensino.

“A gente estava conversando. Dois caras encostaram, um deles estava com um envelope nas mãos e perguntou pela dona da escola. Rose respondeu que a dona não estava, porque as pessoas acham que ela que é a dona da escola, mas é a filha dela. Depois mandaram a gente entrar e eu só ouvi os tiros, foram três. Fiquei desesperada e comecei a gritar pedindo ajuda, mas não tive coragem de olhar ela no chão, sangrando”, contou uma funcionária, que preferiu não se identificar.

A pedagoga foi socorrida no próprio carro, um Fiesta prata, por um funcionário e pelo sobrinho. Ela foi encaminhada para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, mas não resistiu aos ferimentos, que foram no tórax e na cabeça. “Mais uma vítima da violência. Ela já havia sido assaltada aqui uma três vezes, se não estou enganado, já haviam invadido a casa dela, a escola, então ela ficou com medo e se mudou. Só vinha para cá por causa da escola mesmo, que sempre foi o sonho dela. Ela era trabalhadora demais, muito querida, amiga de todo mundo, parceira. Eu não sei dizer se foi assalto, mas ela não tinha inimigos”, desabafou José Silva Araújo Filho, 33, sobrinho da vítima.

Diversas pessoas, entre funcionários, amigos e pais de alunos, foram até o local em busca de notícias sobre Rose. Sem exceção, todos a elogiaram e disseram que ela não merecia um fim tão cruel.

“Ela era uma pessoa maravilhosa, incrível. Era como uma mãe para mim e eu como uma filha para ela. Fui aluna dela desde os meus dois anos e só saí da escola para terminar o ensino médio. Quando me formei, ela me convidou para trabalhar na escola. Como matam uma pessoa que está trabalhando, que é honesta e estava lutando pelo seu pão de cada dia?”, lamentava, aos prantos, uma jovem que preferiu o anonimato.

Investigações - Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) foram até o local do crime para realizar perícia técnica. Os agentes recolheram diversas imagens de segurança e irão analisá-las para identificar os bandidos.

“Estamos com duas principais linhas de investigação uma sobre litígio e outra de tráfico. Sabemos que ela não aceitava ações de traficantes nos arredores da escola e essa é uma possibilidade. Mas também estamos apurando uma informação de litígio, ela estaria com ações na justiça contra o ex-marido e parece que a atual mulher dele teria ameaçado a vítima. Mas ainda está tudo muito prematuro. É muito cedo para afirmarmos qualquer coisa, mas estamos empenhados para esclarecer esse crime”, esclareceu o delegado Fábio Barucke, diretor da especializada.

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