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Agente do Degase é morto enquanto trabalhava como motorista do Uber

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de janeiro de 2017 - 09:30
Morador de São Gonçalo, Tiago foi executado no Centro do Rio
Morador de São Gonçalo, Tiago foi executado no Centro do Rio -

Morador de São Gonçalo, o agente do Departamento Geral de Ações Sócioeducativas (Degase), Thiago Tinoco de Souza, de 28 anos, foi assassinado a tiros, no Centro do Rio, durante a madrugada de ontem. O crime aconteceu enquanto Thiago trabalhava como motorista do Uber, na Rua Buenos Aires. O caso está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas amigos da vítima não descartam que ele tenha sido reconhecido pelos criminosos.

Thiago, que era morador do Boa Vista, era lotado na Coordenação de Segurança e Inteligência (Csint) do Degase e trabalhava na unidade da Ilha do Governador, onde funciona a triagem dos menores apreendidos.

“Ele era um excelente profissional e um agente exemplar. Trabalhou o dia inteiro e depois foi rodar no Uber para complementar a renda da família. Temos que aguardar a investigação, mas ele trabalhava numa unidade onde todos os menores precisam passar. Não podemos descartar a possibilidade dele ter sido reconhecido pelos assaltantes”, disse João Luiz Pereira Rodrigues, presidente do sindicato de agentes do Degase.

Conforme informações da polícia, Thiago foi encontrado morto, com dois tiros no peito, ao lado do próprio carro, um Hyundai IX35, de cor preta. O agente possuía Certificado de Registro de Arma de Fogo e teve sua arma roubada durante a ação criminosa.

Thiago era noivo e deixou um filho de oito meses. No local do crime, familiares do agente preferiram não comentar o caso. O corpo do agente foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio e deverá ser sepultado na tarde de hoje, no Cemitério São Miguel, no bairro de mesmo nome.

“Assim como o Thiago, já perdemos outros agentes. Não é só salário atrasado que nos coloca em risco. Estamos com o salário defasado. A gente tem tido colegas mortos, ameaçados e não estamos amparados. Hoje, somos da Secretaria de Educação e recebemos muito menos que os agentes do Desipe, por exemplo. Temos que pertencer a esse cinturão de Segurança Pública, já que a grande mão de obra do tráfico de drogas são os adolescentes, e convivemos com eles até que completem 21 anos”, desabafou João Luiz.

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