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PF desarticula quadrilha acusada de roubar equipamentos de hospitais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de setembro de 2016 - 11:50
Escobar disse que receptadores de aparelhos serão punidos
Escobar disse que receptadores de aparelhos serão punidos -

Após quatro meses de investigações, agentes da Polícia Federal da Delegacia de Niterói realizaram, na manhã de ontem, a Operação Bozzini e desarticularam uma organização criminosa que atuava no furto e na receptação de equipamentos hospitalares de diagnósticos médicos. Onze pessoas foram presas em diferentes municípios do estado durante ação, que tinha como objetivo cumprir 13 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Niterói.

De acordo com o delegado Elias Escobar, as investigações começaram após o furto de dois equipamentos do Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, cujo valor chega a meio milhão de reais. A apuração policial verificou também que a quadrilha atuava em outras unidades de saúde federais fora do Rio. Estados como Minas Gerais, Espírito Santo Santo e Bahia também eram alvos do bando, bem como outras cidades fora do Grande Rio, como Rio das Ostras e Volta Redonda.

O delegado explicou que o grupo agia de forma organizada e que havia uma divisão de tarefas. “Alguns eram responsáveis pela parte da subtração, chegando inclusive a usar uma determinada chave para conseguir fazer os furtos. Algumas das ações eram feitas na presença de funcionários das unidades. Antes de subtrair o equipamento, eles faziam um levantamento, ligavam para a clínica perguntando se eles faziam determinado exame, fingindo interesse. Num segundo momento, eles iam até o local e viam a localização, tiravam fotos”, esclareceu. A quadrilha já teria furtado mais de R$ 5 milhões em equipamentos hospitalares para exames diversos, como colonoscopia, videolaparoscopia e exames oftalmológicos. Segundo as investigações, três clínicas de Niterói já teriam sofrido com a investida dos criminosos.

“Quase todos os equipamentos são importados e cotados em dólar. Acreditamos que eles furtavam para vender em clínicas que realizam esses exames. Nossa investigação agorá irá se aprofundar, já que iremos interrogar os presos para descobrirmos o destino dos aparelhos. Quem compra sabe que tem origem ilícita e será responsabilizado pelo crime de receptação”, concluiu o delegado.

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