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Vai faltar ‘combo’ nas festinhas promovidas pelo tráfico em SG

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de junho de 2016 - 11:00
 Agentes apreenderam centenas de bebidas importadas falsificadas em depósito clandestino
Agentes apreenderam centenas de bebidas importadas falsificadas em depósito clandestino -

Por Renata Sena

Uma das principais fábricas e distribuidoras de bebidas falsificadas de São Gonçalo foi fechada por policiais da 72ªDP (Mutuá), na tarde de ontem, em Marambaia, São Gonçalo. De acordo com a polícia, os produtos destilados eram consumidos em bailes funk e pagodes promovidos por traficantes, além de serem vendidos para boates de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Rio. A falsificação das bebidas é investigada como uma nova forma de lucro por bandidos que controlam a venda de drogas no Complexo do Salgueiro. Além do proprietário da empresa, outras oito pessoas foram presas - entre elas um idoso e duas mulheres - e cerca de mil garrafas foram apreendidas.

O discreto sobrado na Rua Almirante Amorim do Vale parecia ser perfeito para o negócio clandestino. Alugado há poucos dias por R$1.400, o imóvel era usado para encher, lacrar e adesivar as garrafas.

Após receberem uma denúncia anônima, policiais da 72ªDP chegaram ao local e flagraram oito funcionários preparando as bebidas importadas. Apontado como proprietário da empresa, Renê Pone dos Santos, de 57 anos, foragido da Justiça por associação ao tráfico, foi preso em flagrante quando chegava à residência para buscar uma encomenda. Na ação, a polícia também localizou um galpão com maquinário, caminhões e bebidas prontas para a venda. “Vamos continuar com a investigação para descobrir o que está por trás disso tudo. Queremos saber quem compra e quem vende. Em depoimento, o Renê confessou que fica com 30% do lucro, mas não contou quem leva os 70%. Isso nós vamos descobrir”, explicou o delegado Mario Lamblet. Na delegacia, os presos contaram que as garrafas, lacres e adesivos eram comprados em São Paulo, mas não informaram onde o líquido era produzido. Eles disseram, ainda, que cada funcionário ganhava R$ 100 por dia. Todos os presos foram autuados por falsificação de produtos alimentícios e, se condenados, podem pegar de quatro a oito anos de prisão em regime fechado.

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