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Hospital municipal acumula os atendimentos de postos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de julho de 2017 - 12:00
Moradores têm que procurar o hospital municipal porque não há atendimento regular nos postos de saúde dos bairros
Moradores têm que procurar o hospital municipal porque não há atendimento regular nos postos de saúde dos bairros -

Por Sany Medeiros e Letícia Lopes

Hospital com bons atendimentos, mas sobrecarregado: a realidade da saúde pública em Itaboraí é complicada. Ainda que a principal unidade de saúde do município – Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, em Nancilândia – se esforce para atender seus pacientes, o quadro é crítico já que os postos de saúde do restante da cidade sofrem com o sucateamento e a falta de profissionais.

A vendedora Karina de Oliveira, de 35 anos, esteve no hospital municipal com a mãe depois de passar pelos postos próximos as suas residências – em Apolo 2 e Aldeia da Prata. Ela destacou a sobrecarga no Leal Júnior. “Ela foi diagnosticada com chikungunya e eu a trouxe aqui, mas seria muito mais prático se os postos estivessem funcionando”, disse.

Outra paciente reafirmou a sobrecarga. “O atendimento é bom, não tive problemas, mas é complicado, pois só aqui funciona”.

Na Rua 6, em Aldeia da Prata, uma pequena casa abriga a Unidade Básica de Saúde. Segundo moradores, dois médicos deveriam se dividir no atendimento. No entanto, há mais de seis meses, apenas uma profissional se desdobra para atender os pacientes. “Se tiver muita gente, eu não consigo. A gente depende da sorte”, contou a dona de casa Carla Reis, 42. A comerciante Diva Marinho, 56, disse que uma médica cubana, do programa Mais Médicos, atendia os moradores, mas como era temporária, saiu da unidade há cerca de oito meses. “Só tem uma médica atendendo todo o bairro”, falou. Há dois meses com o braço esquerdo fraturado após um tombo no banheiro, a aposentada Maria José Marinho, 66, lembra que o atendimento da unidade é bom, mas carece de melhorias. “A gente precisa de uma estrutura melhor, porque é muita gente para ser atendida”, disse.

O bairro Apolo 2 conta com duas unidades de saúde. Além da constante falta de médicos e estrutura precária no posto da Rua Almirante Gomes Pereira, a comerciante Eva Maria de Oliveira, 59, lembra que para conseguir os medicamentos é pior ainda. “Ou você tem o dinheiro para comprar o remédio, ou você fica sem”, contou.

No posto na Rua 3, funcionários comentaram a falta de médicos. A unidade funciona apenas com uma técnica de enfermagem e uma enfermeira, realizando apenas atendimentos simples, como aplicação de vacinas e curativos.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Itaboraí foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

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