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Porto das Caixas quer incentivo ao turismo religioso na região

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de abril de 2017 - 11:30
A iluminação e o acesso ao santuário e à Igreja de Nossa Senhora da Conceição são precários
A iluminação e o acesso ao santuário e à Igreja de Nossa Senhora da Conceição são precários -

Por Dayse Alvarenga e Letícia Lopes

Há quase 50 anos, segundo a história, uma imagem de Jesus Crucificado sangrou inexplicavelmente em Porto das Caixas, Itaboraí, tornando o distrito um dos principais polos de turismo religioso do país. Mas o movimento diminuiu, e agora, a vereadora Joana Lage (PTB) levantou a bandeira de criar formas de revitalização da região. Nesta semana, O SÃO GONÇALO percorreu o caminho até o distrito e as ruas próximas ao santuário para conhecer a realidade de quem mora e trabalha no local. A reportagem constatou muitos problemas de acesso.

Dona de uma loja de artigos variados, incluindo itens religiosos, Anésia Borges Batista, de 52 anos, trabalha em Porto das Caixas desde muito jovem. Para ela, uma das causas para a diminuição de turistas e fiéis foi a retirada das antigas barracas de artesanato em frente à paróquia Nossa Senhora da Conceição por parte da Prefeitura, sob a promessa de novos quiosques, padronizados e organizados.

“As pessoas que vêm pra cá querem comprar um tercinho, uma lembrancinha para a família. Antes, os visitantes rodavam as barraquinhas, caminhavam, e o dinheiro circulava. Mas agora não tem mais nada”, contou desolada.

Servindo refeições em seu bar há 35 anos, Erinaldo Alves de Lima, conhecido como Nino, 58, lembra da época em que, de uma só vez, 30 ônibus de peregrinos chegavam ao Santuário.

“A gente se preparava para a chegada dos turistas, era ótimo. Agora o movimento está muito fraco, muitos estabelecimentos tiveram de fechar”, disse.

Melhorias no acesso e na iluminação são urgentes

Além da volta das barraquinhas, comerciantes e moradores de Porto das Caixas lembram que melhorias nas estradas de acesso ao distrito também são imprescindíveis.

“O acesso aqui está muito ruim, são muitos buracos, e os paralelepípedos deixam a viagem muito lenta”, revelou Anésia.

E a situação é realmente complicada. A Avenida Carlos Lacerda, que corta três bairros até o Santuário, é inteiramente calçada com paralelepípedos mas está em péssimo estado de conservação.

Além disso, a iluminação pública é precária com poucos postes ao longo do caminho. Não existem ainda acostamento ou calçadas e onde seria o espaço para os pedestres passarem, a vegetação tomou conta completamente.

Apesar dos problemas, moradores e comerciantes esperam que a ideia lançada de revitalização dê certo e que peregrinos voltem a frequentar o distrito.

“Espero que alguma coisa mude. Do jeito que está é que não dá para ficar. Aqui está tudo muito parado”, desabafou o morador William Santos, 25 anos.

Contactada, a Prefeitura de Itaboraí não enviou uma resposta a OSG sobre projetos de melhorias de infraestrutura e de revitalização do turismo religioso no local.

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