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‘Minha avó está internada há meses à espera de uma cirurgia’

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de abril de 2017 - 12:00
Além da demora por cirurgias, famílias também se queixam da falta de materiais básicos de higiene
Além da demora por cirurgias, famílias também se queixam da falta de materiais básicos de higiene -

Por Dayse Alvarenga e Letícia Lopes 

Pacientes e familiares revelam uma situação precária no Hospital Municipal Leal Júnior, em Itaboraí. Entre as principais reclamações, falta de materiais básicos de higiene e a angustiante demora na transferência dos doentes.

Isis Reis, de 20 anos, abandonou sua rotina há três meses para acompanhar a avó, Carmém Reis, 68, que fraturou o fêmur após sofrer uma queda em casa e desde então aguarda a cirurgia.

“Faltam enfermeiros, e eu que acabo tendo que trocas as fraldas que eu trago assim como papel higiênico. A situação está muito complicada”, desabafou Isis.

O marido da aposentada, Joel da Silva, 74, levou a esposa num hospital particular para um exame de raios-X. A cirurgia na unidade foi orçada em R$ 8 mil, mas a família não tem condições de arcar com esse custo.

A situação também é complicada para Sérgio Rezende Alvarenga, 39 . Após passar mal na última sexta-feira , o morador do bairro Vila Rica esteve na unidade, onde foi medicado e liberado.

“Meu filho o encontrou passando mal e sem conseguir falar no sábado e o trouxe para o hospital”, contou Vanda de Oliveira, 40, ex-mulher do paciente. Diagnosticado com um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Sérgio aguarda desde então uma transferência para outra unidade de saúde.

Contactada, a Prefeitura de Itaboraí informou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que a paciente Carmem Reis teve um pedido de transferência encaminhado para a Central de Regulação de Vagas, já que o Hospital não realiza a cirurgia que ela necessita. No entando, até a tarde de segunda-feira (17) nenhuma vaga havia sido liberada para a paciente."Como se trata de um hospital de emergência de portas abertas, não podemos recusar nenhum paciente que necessite de atendimento/internação, mesmo quando não está em nossa gerência a intervenção do procedimento", diz a nota.  

Já para Sérgio Rezende, segundo a Secretaria de Saúde, foi encaminhado um parecer da neurocirurgia para o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo, mas negado por falta de vaga.

Em relação aos cuidados de higiene dos pacientes e a higienização da unidade, a Prefeitura informou que estará advertindo verbalmente a equipe da instituição. "Estaremos providenciando as melhorias", informa a nota.

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