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Há 30 anos morria Raul Seixas, o “pai” do rock brasileiro

O artista tem 940 mil ouvintes mensais no Spotify

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de agosto de 2019 - 16:51
Três décadas após sua partida, o culto a sua imagem e, principalmente, a suas músicas continua forte
Três décadas após sua partida, o culto a sua imagem e, principalmente, a suas músicas continua forte -

Por Karolina Mello*

Raul Santos Seixas, o 'Maluco Beleza', dono de uma voz singular e letras místicas e impactantes, morria na manhã do dia 21 de agosto de 1989, em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. O alcoolismo, agravado pela diabetes, causou uma pancreatite aguda fulminante que o levou aos 44 anos.

Mas a carreira do músico não se encerrava ali. Nos dias de hoje, três décadas após sua partida, o culto à sua imagem e, principalmente, a suas músicas, continua forte. Prova disso são os gritos de "toca Raul!", que são ouvidos em shows em todo Brasil. A atemporalidade do artista também pode ser constatada no número de livros, peças de teatro e documentários que são lançados constantemente, contando uma vida repleta de lendas e histórias icônicas.

O espetáculo musical carioca "Merlin e Arthur ao som de Raul Seixas: Um sonho de liberdade" encerrou temporada recentemente em São Paulo, com atuação estrelada de Vera Holtz e Paulinho Moska. Ainda estão previstos os lançamentos dos livros “Raul Seixas Por Trás das Canções”, de Carlos Minuano, e “Raul Seixas: Não Diga Que a Canção Está Perdida”, de Jotabê Medeiros. O álbum “Eu Não Sou Hippie”, registro de show feito em 1974 na cidade mineira de Patrocínio, será reeditado em LP duplo. Já a produtora O2 Filmes prepara uma cinebiografia, ainda sem data para o início das gravações, que vai ser dirigida por Paulo Morelli. O filme fará um recorte na vida do cantor, entre o início da vida na Bahia, até o ano de 1973, quando ele grava o disco “Krig-ha, Bandolo”.

As homenagens póstumas começaram já no velório do cantor. Durante a missa realizada antes do enterro, a igreja foi invadida por uma centena de fãs, todos gritando “Viva, viva, viva a sociedade alternativa!”. O grupo queria resgatar o corpo de Raul para levá-lo para para passear, beber e fumar. A ideia, bem no estilo maluco beleza, não agradou os familiares do músico, que impediram o passeio.

Entre as lendas e os fatos de uma vida bem vivida, Raul Seixas deixou 15 álbuns de estúdio, em seus 26 anos de carreira. Músicas que se tornaram sucesso absoluto, como “Gita”, “Ouro de Tolo” e “Metamorfose ambulante” permanecem na mente e no coração dos brasileiros. O artista tem 940 mil ouvintes mensais no Spotify e a legião de fãs cresce continuamente, de pai pra filho, eternizando a memória desse grande ícone do rock brasileiro.

*Estagiária sob supervisão de Sérgio Soares

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