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Vários bairros de São Gonçalo sofrem com a falta d'água

População liga para a Cedae, mas continua desabastecida

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de janeiro de 2019 - 10:11
Felipe Alexandre, 36, já fez várias reclamações para a Cedae, mas até hoje a água continua sendo desperdiçada na Trindade
Felipe Alexandre, 36, já fez várias reclamações para a Cedae, mas até hoje a água continua sendo desperdiçada na Trindade -

Por: Marcela Freitas

A chegada do verão traz com ele um velho conhecido da população gonçalense: o problema da a falta de água. Torneiras secas e racionamento forçado têm sido as palavras de ordem no município com mais de um milhão de habitantes. Mas enquanto muitos sofrem para abastecerem os seus lares, há pontos da cidade em que a água é desperdiçada por incontáveis vazamentos e, mesmo quem não tem problema para receber água em casa, se compadece dos que necessitam e não tem.

No Complexo do Salgueiro, moradores da Rua Waldemiro Silveira, sabem o que é ficar sem água. Há pelo menos um mês, o abastecimento foi interrompido e mesmo depois de muitos contatos com a Cedae, os contribuintes continuam desabastecidos.

A diarista Márcia Ferrão, 47 anos, disse que o problema é rotineiro e acontece sempre quando se encerra o período letivo.

“Somos vizinhos da Escola Estadual Armando Gonçalves e durante as aulas não temos problemas com água porque a escola precisa estar abastecida e creio ser a mesma tubulação. Quando entra as férias é como se fechassem a nossa torneira. Mesmo com as contas em dia, os moradores não recebem. Essa escassez já dura um mês e mesmo sendo feito muitos pedidos de reparo a Cedae a nossa solicitação não é atendida”, contou.

O mesmo acontece na Rua Eurico do Vale, no Jardim Catarina, que após uma obra de manutenção na rede, deixou a via sem água.

“Passamos o Natal e Ano Novo sem água. Desde a tal manutenção da Cedae que o serviço foi interrompido, pelo menos pra gente ele não voltou mais. Desde então estamos pegando água com vizinhos. Quando ligamos pra lá só colecionamos protocolos e a mesma resposta de que tem uma ordem de serviço que será realizada em até cinco dias. Mas isso não acontece”, disse João Henrique, 47 anos.

Na Trindade, enquanto muitos moradores sofrem com o racionamento forçado a água jorra em vazamentos nas Ruas Aracaju e Lambari.

“Na Rua Aracaju o vazamento tem seis meses e na Lambari pelo menos um. Muitas pessoas não se queixam porque continuam recebendo a água em suas torneiras, mas acho um absurdo esse desperdício. Já liguei para a Cedae e fiz até reclamação no site do Reclame aqui, mas nenhuma providência foi tomada até hoje”, disse o operador de call center, Felipe Alexandre Ramos, 36 anos.

A Cedae informou que os vazamentos citados -  na Rua Porto Alegre, esquina com Aracaju e Lambari - foram consertados ontem mesmo (quarta-feira). Quanto às reclamações de falta d'água, de acordo com a companhia, não constam em seus sistemas solicitações para as ruas citadas. 

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