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DJ Rogerinho do 'Querô' vira fenômeno nacional

Rogerinho conta como o funk mudou a sua vida

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de dezembro de 2018 - 11:33
Além dos funks produzidos, Rogerinho é conhecido por seu jeito descontraído e poses inusitadas
Além dos funks produzidos, Rogerinho é conhecido por seu jeito descontraído e poses inusitadas -

Por Thuany Dossares 

O que parecia ser apenas o passatempo de um adolescente morador de uma comunidade carente, acabou se tornando uma profissão e o meio de dar uma vida melhor para sua família. Aos 14 anos, Rogério de Paiva Souza era mais um garoto que gostava de funk e fazia suas próprias mixagens no computador por diversão. Hoje, aos 20, a brincadeira virou coisa séria e ele se tornou o Dj Rogerinho do Querô - em referência ao Morro do Querosene, em São Gonçalo, onde foi criado.

“Eu escutava os DJs e queria saber como eles faziam. Eu tinha um computador em casa e ficava pesquisando como que eles faziam as mixagens, aí fui aprendendo. Fazia porque gostava mesmo, nem achava que ia dar alguma coisa. Meus amigos sabiam que eu fazia as músicas, aí quando tinha uma resenha, eles me mandavam tocar. Não sabia que ia dar em alguma coisa, mas ano passado começou a ficar mais sério, graças a Deus”, disse Rogerinho.

Mas o DJ não é conhecido apenas pelos funks que toca. O jeito descontraído e brincalhão demonstrado em seu Instagram e no palco, também chamam muita atenção do seu público, mas nem sempre foi assim.

“No início, eu era tímido, tinha vergonha de tocar em público, não sabia se iam gostar. Agora que já se tornou um trabalho, eu fico a vontade e as pessoas querem me ver falando de uma forma engraçada, dançando engraçado também, fazendo poses, tipo o ‘tortão para a esquerda’, que é o meu jeito mesmo. Nem na hora de tirar foto comigo querem tirar uma foto normal, tem que ser fazendo as poses”, contou.

O funk proporcionou à Rogerinho a oportunidade de dar uma vida melhor para sua mãe e atualmente, eles moram na região oceânica de Niterói. “Lá no Querosene, a gente passava dificuldades, minha mãe é costureira. No início ela se preocupava, porque eu saía de madrugada, pedia para eu parar. Quando comecei a ganhar dinheiro, passei a ajudá-la, pagava conta, fazia compra. Agora ela manda eu fazer as músicas, ir para os shows. Fico feliz em ajudá-la”, completou.

Próximo sucesso no 'forno'

No início, Rogerinho não tinha nem notebook para tocar e ia para as festas com um pen-drive. Hoje em dia, o DJ tem um estúdio para produzir na sua casa, e sua próxima produção já está saindo do forno. Em dezembro, ele lança seu 12º podcast em seu canal no YouTube, com a meta de alcançar, pelo menos, 2 milhões de visualizações. 

"O podcast é tipo um CD de faixa única, é um vídeo de uns 50 minutos com as minhas mixagens e  os MCs cantando. A galera pode esperar que vem coisa nova e agora nós vamos filmar a gravação. Ao invés de ser aquela imagem fixa no fundo, vai dar para ver as minhas reações", explicou. 

O seu último álbum alcançou mais de 1,6 milhões visualizações no canal, que já tem 193 mil inscritos.

No Instagram, Rogerinho já alcançou 488 mil seguidores e já começou a alcançar fama. "Fui para o Beto Carrero, lá no Sul, e tinha gente me parando na rua. Eu acho engraçado, mas gosto quando as pessoas vem falar comigo, falam que me conhecem e tal", disse. 

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