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Criança com microcefalia continua sem atendimento em São Gonçalo

Mãe da menor também tentou buscar tratamento em Niterói

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de outubro de 2018 - 09:22
Menina de 2 anos tem microcefalia e usa uma sonda gástrica
Menina de 2 anos tem microcefalia e usa uma sonda gástrica -

Por: Marcela Freitas

Um sofrimento que parece longe do fim. Em busca de uma luz no fim do túnel para o tratamento adequado da pequena Ana Clara Conceição Siqueira, de apenas 2 anos, a mãe da menina, a dona de casa Karina Conceição, de 24, se vê em meio a um “jogo de empurra” entre as prefeituras de São Gonçalo e Niterói, que tentam se eximir da responsabilidade com o tratamento da criança. Ana Clara, diagnosticada com paralisia cerebral e quadriplegia espástica com microcefalia, após a mãe ter contraído a síndrome da Zika durante a gestação, teve sua história de luta pela vida contada por O SÃO GONÇALO, na semana passada.

Ao contrário do que a família esperava, apenas os exames serão realizados pela Prefeitura de São Gonçalo. A Prefeitura de Niterói está se omitindo em relação à continuidade do tratamento. A mãe de Ana Clara ainda tem esperanças de um final final feliz.

“Agradeço a ajuda de vocês (OSG). Um médico do Getulinho me ligou e disse que tentaria nos encaminhar para o Hospital Antônio Pedro para o tratamento, mas sobre a sonda, disse que nada poderia fazer. O que mais me preocupa é justamente a sonda que está vazando. Não vamos desistir e, se Deus quiser, vamos vencer ”, afirmou Karina.

Niterói diz que tratamento tem que ser em SG

Após longas semanas de internação no Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho), em Niterói, Ana Clara, que mora com a família no Vila Lage, em São Gonçalo, conseguiu realizar uma cirurgia para colocação de uma sonda gástrica. Mas a unidade, segundo a mãe, não tinha recursos para o procedimento, encaminhou a pequena para o Hospital da Criança de Vila Valqueire, no Rio, e, após a cirurgia ela retornou ao Getulinho, onde recebeu alta.

O sofrimento que parecia ter chegado ao fim, com a realização do procedimento, na verdade estava apenas começando. Após a cirurgia, a menina começou a apresentar uma série de complicações e, mesmo com dores e febres, os médicos do Getulinho informaram que não poderiam mexer na sonda de gastrostomia.

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde de Niterói informou que “segundo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento ambulatorial, acompanhamento e encaminhamento de exames devem ser feitos pela rede básica do município de origem.

SG limita os cuidados com a menina

Já a Prefeitura de São Gonçalo disse que a Secretaria de Saúde de São Gonçalo se prontifica apenas em realizar as marcações dos exames requeridos pela paciente (ressonância e endoscopia). “As providências já estão sendo tomadas. No entanto, deixamos claro que se trata de um caso de revisão de cirurgia, a qual deve ser feita na mesma unidade, neste caso, o Hospital da Criança, no Rio”, disse também em nota acrescentando que “entende-se, tanto pela questão ética quanto pela técnica/médica, que o Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, de responsabilidade da Prefeitura de Niterói, assim como o Hospital da Criança, devem prestar a máxima atenção sobre o caso dela, já que todos os procedimentos, da internação à cirurgia, foram realizados nessas duas unidades”.

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