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Mãe luta para buscar tratamento adequado para filha com microcefalia

Karina conta que a criança piorou depois de uma cirurgia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de outubro de 2018 - 08:29
Karina quer um tratamento adequado para a pequena Clara
Karina quer um tratamento adequado para a pequena Clara -

Por Marcela Freitas

Uma luta contra o tempo em busca da vida. Essa tem sido a missão diária da dona de casa Karina Conceição, de 24 anos, que luta para dar uma melhor qualidade de vida à filha Ana Clara Conceição Siqueira, de apenas 2 anos, diagnosticada como paralisia cerebral e quadriplegia espástica com microcefalia, após a mãe ter contraído a síndrome congênita da Zika durante a gestação.

No dia 15 de dezembro, a menina após longas semanas de internação no Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho), em Niterói, conseguiu realizar uma cirurgia para colocação de uma sonda gástrica, procedimento médico para melhorar a nutrição de pacientes que não podem ser alimentados pela boca. A unidade, que segundo a mãe, não tinha recursos para o procedimento, encaminhou a pequena para o Hospital da Criança de Vila Valqueire, no Rio, e, após a cirurgia ela retornou ao Getulinho, onde recebeu alta.

O sofrimento que parecia ter chegado ao fim, com a realização do procedimento, na verdade estava apenas começando. Após a cirurgia,a menina começo a apresentar uma série de complicações que atrasaram ainda mais seu desenvolvimento.

‘Já não sei mais o que fazer para salvar minha filha’

Segundo Karina, sempre que a sonda é manuseada, Ana Clara sente dores e, por essa razão, parou de fazer a fisioterapia, o que ocasionou regressão no quadro geral da menina. Antes, ela sentava e, atualmente, não faz qualquer movimento.

Vendo o sofrimento da menina, Karina tentou várias vezes que ela fosse reavaliada, mas no Getulinho, ela só consegue atendimento ambulatorial e na unidade de Vila Valqueire, ela foi informada que só consegue atendimento com encaminhamento da unidade de Niterói.

“Já não sei mais o que fazer para salvar minha filha. Hoje (ontem) ela está com 39 graus de febre e já percorri vários hospitais com ela. Nenhum médico quer refazer a cirurgia. Minha filha está fraca. É como se estivéssemos vivendo com uma bomba-relógio contando o tempo. Não sei mais a quem recorrer. É muito ruim a ver perdendo todo o suco gástrico sempre que se alimenta. Acredito que o canal aberto seja maior que a sonda. Ela tem muita vontade de viver porque é visível como está fraca. Eu não aceito perdê-la por falta de recursos do SUS. Estou implorando por socorro”, lamentou Karina.

A Fundação Municipal de Saúde de Niterói informou, através de nota, que "a paciente é moradora de São Gonçalo e, segundo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento ambulatorial, acompanhamento e encaminhamento de exames deve ser feito pela rede básica do município de origem. A paciente recebeu assistência necessária toda vez que procurou a emergência do hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho) e a família foi orientada sobre os procedimentos a serem realizados. A paciente inclusive foi encaminhada para realização da cirurgia no Hospital Estadual da Criança, onde foi feito o procedimento."

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