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‘Guerreiros das Antigas’ fazem bailes funk da década de 90

Bailes têm ingressos de R$ 5 e arrecadam alimentos não perecíveis

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de outubro de 2018 - 10:03
Além de tocar só músicas da década de 1990, os Guerreiros das Antigas proíbem brigas, e os eventos também têm cunho social
Além de tocar só músicas da década de 1990, os Guerreiros das Antigas proíbem brigas, e os eventos também têm cunho social -

Por Rennan Rebello 

“Eu só quero é ser feliz. Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é. E poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar”. Os versos cantados pela dupla de funk Cidinho & Doca, em 1995, tornou-se um ícone e até hoje é associada quando o tema é funk da década de 1990. E nesse embalo, de querer ser feliz como naquela época , dois amigos gonçalenses tiveram a ideia de formar o grupo Guerreiros das Antigas que organizam bailes como há 20 anos, em diversos pontos de São Gonçalo e Niterói desde 2015.

“A ideia dessa união foi através de uma conversa que tive com meu amigo Patrick. Estávamos relembrando quando curtíamos baile funk e, a partir disso, criamos um grupo no Whatsapp para juntar todo mundo daquela época. A partir daí, a iniciativa ganhou forma, e o grupo tem até diretoria. Estamos nos divertindo e um apoia o evento do outro”, explicou o vigilante Fábio Monteiro, de 37 anos, um dos idealizadores do movimento que tem mais de 10 grupos autônomos.

O retorno dos “bailes noventistas” que, além de tocar apenas músicas deste período, também possuem regras a serem seguidas como, por exemplo, a proibição de brigas, ter cunho social e integração da família.

“Antigamente era comum ter os ‘Lados A e B’ e, em seguida, aconteciam brigas. Mas hoje em dia, tem muitos membros do movimento com quem brigava e viramos amigos. Inclusive estou frequentando lugares que não podia ir devido a essa rivalidade. A gente também prega a questão social, ou seja, os bailes têm ingressos simbólicos de R$ 5 e doação de alimentos não perecíveis para doarmos a instituições sociais. Para juntar a família, a gente coloca até pula-pula para as crianças porque muitos já são pais”, explicou o assessor parlamentar Patrick Marins, que também é um dos fundadores do projeto funkeiro que já realizou até um baile na Apae São Gonçalo, cujo objetivo era de arrecadação de alimentos para a entidade.

Organização é marca registrada

Outra característica desenvolvida pela iniciativa é a organização de seus integrantes em reuniões semanais para produção dos bailes. 

“Somos um movimento com vários grupos, nos quais cada um é responsável por um baile no final de semana. Na quarta, depois de alinharmos como será o baile seguinte, o grupo que organizou o último evento financia o churrasco para que haja a confraternização. Dessa forma, mantemos esse clima de amizade, através do qual os ‘Lados A e B’ ficam apenas na estampa das camisas”, destacou Fábio. 

A agenda dos bailes sempre é divulgada na página oficial do movimento no Facebook: @guerreirosdaantiga. Além da divulgação das datas, os produtores publicam fotos e vídeos de suas atividades.

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