Greve da educação de São Gonçalo vai parar na Justiça

Por: Daniela Scaffo

A paralisação dos profissionais da educação da rede municipal de São Gonçalo (que já dura mais de 40 dias) parece longe do fim, já que o núcleo municipal do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-SG) pretende pagar a multa da ação que a Prefeitura diz ter entrado na Justiça contra a greve. Segundo a entidade, as atividades só retornarão após o governo municipal cumprir as reivindicações da categoria, entre elas o pagamento do piso nacional.

De acordo com o Sepe, o sindicato ainda não foi notificado pela Justiça. Somente informado pela Prefeitura, na última terça-feira, de que 80% dos funcionários deveriam retornar às escolas, sob multa diária de R$ 1 mil.

“No documento, o governo não mencionou a ilegalidade da greve. Só indicou o retorno ao trabalho. Mas estamos dispostos a pagar a multa diária caso a Justiça determine, pois estamos dentro da lei”, disse a diretora do Sepe, Michele Alvarenga informando ainda que o documento apresentado em reunião com o sindicato não continha assinatura de nenhuma autoridade da Justiça.

“Estamos com a documentação preparada para defendermos nossos direitos. Agora é aguardar e unir forças. A Prefeitura marcou uma nova audiência conosco somente para dia 9 de outubro para conversarmos sobre a greve”, completou Michele.

Os profissionais em greve, pais, responsáveis e alunos da rede municipal prometem fazer uma vigília, nesta sexta-feira, em frente à sede da Prefeitura, no Centro, das 10h às 16h.

A Prefeitura não enviou resposta sobre o impasse com os profissionais da Educação até o fechamento desta edição. Já o Tribunal de Justiça informou que não foi possível localizar a referida ação.