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Ambulantes irregulares causam desordem em Alcântara

Barracas ilegais atrapalham o acesso às lojas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de agosto de 2018 - 08:42
Ambulantes irregulares expõem seus produtos sem fiscalização
Ambulantes irregulares expõem seus produtos sem fiscalização -

Há cinco meses, O SÃO GONÇALO noticiou a “farra dos ambulantes”, que transformam as ruas do Alcântara em um verdadeiro caos. Barracas ilegais e espalhadas por todos os lados, ocupando até calçadas e acesso às lojas e pedestres atravessando entre os carros. Esses são apenas alguns dos problemas enfrentados diariamente pelas pessoas transitam pelo bairro.

Nem mesmo as barracas regularizadas respeitam a demarcação de espaço de 120 x 80 para expor seus produtos. Muitas barracas parecem verdadeira lojas com cabides pendurados e tábuas sobre as bancadas para aumentar o espaço. Outra queixa é a falta de fiscalização em relação à venda de produtos perecíveis e de procedência duvidosa.

Na manhã de ontem, era possível flagrar nas primeiras horas, ambulantes montando barracas de bonés e sandálias, antes mesmo da abertura das lojas.

Segundo o presidente da Associação Comercial, Empresarial, Industrial e Rural de Alcântara (Aceira), Fabiano Rodrigues, as lojas do bairro tiveram uma perda de cerca de R$400 milhões em vendas, no ano passado, por causa do caos urbano.

‘Não há diálogo com o governo’

“Já pedimos à Prefeitura que o Código de Posturas seja respeitado. Na João Caetano, por exemplo, entre uma loja de roupas e um restaurante tradicional do bairro, não pode ter nenhum comércio informal, com exceção de uma feira de artesanatos. Isso é lei, mas hoje a área está tomada. A metragem das barracas também não é respeitada, mas não existe fiscalização. Infelizmente, os responsáveis pela Subsecretaria de Fiscalização de Posturas não são moradores de São Gonçalo e não entendem a necessidade. No governo passado, esses mesmos responsáveis deixaram 12 barracas se instalarem no viaduto do Alcântara. A situação tem piorado muito e não há respeito aos horários, principalmente aos sábados. Infelizmente, o bairro está abandonado. Não há diálogo porque eles não aceitam críticas, mesmo que construtivas”, argumentou Fabiano.

Um comerciante do bairro, que pediu para não ser identificado, disse que não concorda com o comércio desenfreado.

“Entendemos que as pessoas precisam trabalhar, mas a concorrência é cruel. Para nos estabelecermos aqui, pagamos muitos impostos. Geramos empregos e competimos com pessoas que não têm custo nenhum. Não sou contra o trabalho, mas deveria acontecer após fecharmos as lojas”, disse.

Resposta - A Prefeitura de São Gonçalo informou que “a Subsecretaria de Fiscalização de Posturas realiza, de segunda a sexta-feira, um plantão de 8h até as 18h, e no sábado, de 8h às 14h, na localidade, e desconhece a ocupação dos ambulantes na Rua Yolanda Saad Abuzaid neste período”.

Quanto aos ambulantes legalizados, o governo municipal esclarece que “a Fiscalização de Posturas está em diálogo, buscando uma modificação na padronização das barracas, no que cabe à parte da cobertura, não na mudança da dimensão do tabuleiro, de 120cm x 80cm, que nas conversas foi determinado que a atual cobertura não os garante uma qualidade no ambiente de trabalho, os deixando expostos ao sol e à chuva”.

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